Na tarde desta quinta, dia 7, a Capgemini, mostrou o estudo World InsurTech Report 2021. Gustavo Leança, head de Soluções de Seguros da Capgemini Brasil, apresentou o estudo que incluiu uma análise de mais de 900 insurTechs com foco global. Ele explicou que o World InsurTech Report 2021 se baseia nos insights de pesquisas, mesas-redondas e entrevistas.
Gustavo Lança disse que foram entrevistados mais de 250 executivos, 40 mil clientes e mais de 900 insurtechs. “Os desafios impostos desde janeiro de 2020 refletiram em maior intenção de compra nos países pesquisados. Os consumidores querem consultoria e produtos melhores”, disse.
Ele ainda revelou que as insurtechs atraem capital e grande quantidade de clientes e que, nos Estados Unidos, chegam a incomodar seguradoras tradicionais. “Na Europa o modelo é diferente porque as insurtechs geram soluções que ajudam as seguradoras a terem processos mais eficientes”, ressaltou.
Lança disse ainda que o estudo apontou que os clientes veem as bigtechs e alguns players não tradicionais como capazes de oferecer conveniência e relevância.
Por isso, ele considera que insurtechs e Bigtechs estão alavancando investimentos massivos para impulsionar seus desenvolvimentos tecnológicos e fomentarem a inovação, o que aumenta a pressão sobre as seguradoras já estabelecidas e em contrapartida, elas buscam fortalecer suas capacidades tecnológicas, por meio de parcerias ou aquisições de Insurtechs, mudando sua realidade do “fazer digital” para o “ser digital”.
O CEO da Icatu, Luciano Snel, comentou que o consumidor mudou. “Com os impactos da pandemia percebemos como somos vulneráveis e essa conectividade, a informação na palma da mão percebemos uma curiosidade pelo seguro de vida que vem se transformando em simulações e cotações”, disse.
Roberto Ciccone , VP de Serviços Financeiros, Capgemini, destacou que o consumidor está mais conectado e informado e na pandemia isso ficou mais forte. Por outro lado, ele ressaltou que as pessoas ainda querem aconselhamento pessoal. “O consumidor quer conveniência, personalização, proteção abrangente e no mundo digital isso está mais forte”, enfatizou.
Ele reforçou ainda que a presença do corretor é importante. “Ele não sai do jogo. É preciso paramentar o corretor com informações e assessoria para que ele possa aconselhar o cliente”, disse. Para ele, a questão do SISS no open insurance deve intermediar um pouco a questão. “O open insurance ameaça a intermediação pura e simples”, opinou.
Para Lança, o corretor é visto como canal aconselhador. “Ele é inteligência humana e tem papel importante, mas precisa de um aporte de tecnologia. O cliente não pode ficar na mão quando ele não está trabalhando. Ele precisa melhorar em termos de tecnologia, é a “digiintermediação”, definiu.