Não é possível saber quando algum imprevisto pode acontecer em nossas vidas, por isso, é importante estar preparado. Com isso, o seguro de incêndio e multirisco busca, em cada uma das garantias contratadas, e de acordo com as condições do contrato, o pagamento de indenização dos prejuízos ao cliente.
De acordo com o Delegado do SINDSEG PR/MS, Fernando Bernardes, esse é um ramo que faz muita diferença quando vendido corretamente. “Na maioria dos sinistros que acompanhei nesses 33 anos, quando algum cliente fica insatisfeito com a indenização, normalmente o problema foi na hora da venda. Por isso é importante melhorar esse processo para atender melhor o cliente final”, comentou.
Até os anos 2000, as seguradoras ofereciam uma cobertura única de incêndio e vendaval para todo o mercado, o seguro de incêndio tradicional. Porém, após esse período houve uma resolução que trouxe os multiriscos, e foi dividido em ramos diferentes, mudando também as coberturas de acordo com a necessidade do cliente. “É preciso que o corretor entenda o produto que vai oferecer para o cliente”, destacou Bernardes.
Há um ponto importante a ser observado pelos corretores na hora da venda da apólice, que são as construções alternativas. “Na maioria delas, quando tem um incêndio o fogo se propaga ainda mais rápido”, comentou Bernardes. Dentro das chamadas construções alternativas estão os contêineres, que apresentam um alto risco, pois na sua preparação é utilizada lã. “Existem três tipos de lãs, a mais utilizada é a de pet, que é mais combustível e também a mais em conta. Outro fator de risco são os painéis isotérmicos, que são igualmente perigosos, como o poliuretano que tinha no CT do Flamengo e na Boate Kiss”, alertou o Delegado do SINDSEG PR/MS.
Diante de todos esses riscos, é importante que o corretor observe também os sistemas de proteção, como extintores e sprinklers, por exemplo. Recomenda-se que até em residências tenha algum tipo de combate ao incêndio porque talvez se consiga apagar rapidamente o fogo e evitar maiores danos ao patrimônio e principalmente às pessoas presentes no local.
No processo de venda de seguros de incêndio e multiriscos é importante salientar os seus segmentos, dentre eles estão comércio, serviço e indústria. “Não dá para comparar um escritório de advocacia com escritório de design, onde os equipamentos são muito mais caros, consequentemente a cobertura do seguro será diferente. Mesmo dentro do mesmo segmento tem atividades diferentes” apontou Bernardes.
O delegado também falou sobre a importância das seguradoras treinarem os seus corretores parceiros. É preciso conhecer os detalhes do produto para passar para ele, para que assim passe a informação correta para o cliente. É muito difícil vender o seguro que vai atender todas as necessidades do cliente sem conversar com ele, é preciso observar, ver o tipo de construção que tem ali”, concluiu.