A análise trimestral de fraudes feita pela TransUnion, que comparou os primeiros três meses de 2021 aos primeiros três meses de 2022, constatou que a pandemia da COVID-19 impulsionou a realização de transações bancárias e financeiras online, mas muitos dos tipos de fraude que apresentaram grande salto entre os anos de 2019 e 2021 decaíram neste início de 2022.. O percentual de tentativas de fraudes digitais originadas no Brasil contra empresas globalmente diminuiu -47,8%. Ao redor do mundo, o número é um pouco menor, com queda de -22,6%.
A TransUnion chegou às suas conclusões sobre tentativas de fraude contra empresas com base em bilhões de transações avaliadas e mais de 40 mil sites e aplicativos contidos em seu principal conjunto de soluções de autenticação baseada em risco e análise de fraude – TransUnion TruValidate™. As porcentagens de tentativas de suspeitas de fraude são aquelas que as empresas clientes do TruValidate receberam uma recomendação para revisão ou negativa devido aos indicadores de fraude, em comparação com todas as transações que foram avaliadas por fraude.
Por outro lado, de acordo com o recente estudo da TransUnion Consumer Pulse, entrevistados também disseram que estão sendo menos alvos de fraudes digitais. A pesquisa com 10.391 adultos em países e regiões selecionados globalmente de 7 a 23 de fevereiro de 2022 descobriu que 36% disseram ter sido alvo de fraude digital nos últimos três meses, em comparação com 38% no trimestre anterior. Dos consumidores visados, os golpes de phishing foram os mais comuns (31%), seguidos por golpes de dinheiro/cartão-presente (28%) e golpes de vendedores terceirizados em sites legítimos de varejo online (23%).
“Os fraudadores testam quais setores aumentaram as iniciativas de prevenção contra fraudes e, como resultado, recorrem a novos setores nos quais os esforços estejam sendo frustrados. Isso é exatamente o que observamos recentemente, à medida em que os fraudadores procuram novas oportunidades ou pontos de vulnerabilidade para atuarem”, afirma Shai Cohen, vice-presidente sênior de soluções globais de fraude da TransUnion. “É fundamental que, durante esse momento, as empresas se concentrem em otimizar a experiência do cliente pensando nos bons consumidores.”
No Brasil, 24% foram alvos de fraudes digitais nos últimos três meses, ante 23% no trimestre anterior. Entre os brasileiros visados, os golpes de cartões de crédito roubados ou cobranças fraudulentas foram os mais comuns (33%), seguidos por golpes de dinheiro/cartão-presente (21%) e golpes de vendedores terceirizados em sites legítimos de varejo online (20%).
Tipos de fraudes e os impactos na indústria
Comparando os períodos de 1º de janeiro a 31 de março de 2021 e 1º de janeiro a 31 de março de 2022, a TransUnion analisou os setores com maior crescimento e queda no percentual de suspeitas de tentativas de fraude digital.
Maior crescimento na taxa de tentativa de suspeita de fraude digital global
Setor |
Do primeiro trimestre de 2021 ao primeiro trimestre de 2022 |
Seguros |
134,5% |
Logística |
42,7% |
Viagens e lazer |
13,3% |
Setores em que as tentativas de suspeita de fraude digital cresceram no Brasil
Setor |
Alteração da taxa de fraude do primeiro trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022 |
Comunidades (aplicativos de relacionamento, fóruns etc.) |
24,4% |
Logística |
16,2% |
Viagens e lazer |
12,9% |
Maior queda na taxa global de suspeita de tentativa de fraude digital
Setor |
1º trimestre de 2021 a 1º trimestre de 2022 |
Serviços financeiros |
-63,6% |
Telecomunicações |
-20,4% |
Varejo |
-7,6% |
Maior queda na taxa de suspeita de tentativa de fraude digital no Brasil
Setor |
1º trimestre de 2021 a 1º trimestre de 2022 |
Serviços financeiros |
-79,4% |
Telecomunicações |
-49,7% |
Games |
-45,6% |