Existem, por exemplo, regras específicas para a produção e o uso das agulhas utilizadas no tratamento. “Mas não temos nenhum regra para tratar das formulações, a maioria delas [feita] à base de plantas”
A abertura de consulta pública para tratar da regulamentação de produtos da medicina tradicional chinesa deve ser aprovada em dezembro pela diretoria colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), informou o diretor-presidente do órgão, Dirceu Barbano.
Durante café da manhã com jornalistas, ele explicou que o Brasil já avançou na regulamentação de práticas da medicina chinesa como a acupuntura. Existem, por exemplo, regras específicas para a produção e o uso das agulhas utilizadas no tratamento. “Mas não temos nenhum regra para tratar das formulações, a maioria delas [feita] à base de plantas.”
A ideia inicial, segundo Barbano, é que haja um monitoramento, durante três anos, dos possíveis efeitos relacionados ao uso desses produtos. Atualmente, não existe nenhuma fórmula tradicional da China, que mistura também substâncias de origem mineral e animal, com registro no Brasil.
“Não há como proibir a medicina tradicional chinesa. Ela não vai desaparecer”, disse o diretor-presidente da Anvisa. “O problema existe e não adianta querer proibir ou enquadrar nas regras brasileiras”, completou.