O mercado de seguros faturou R$ 35,9 bilhões no primeiro
trimestre deste ano, o que representa uma média diária da ordem de
R$ 400 milhões, segundo dados da Superintendência de Seguros
Privados (Susep), que não incluem apenas o seguro saúde, que está
sob a alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em
relação aos três primeiros meses do ano passado, houve um
incremento de 24,3%.
Na avaliação da direção da Susep, essa tendência de crescimento
deve ser consolidada ao longo do ano, principalmente porque os
números referentes ao primeiro trimestre ainda não refletem fatores
importantes como o início efetivo das vendas do microsseguro e de
outros novos produtos, incluindo o seguro popular para automóveis,
em análise na autarquia, e o VGBL Saúde. “A expectativa é muito
positiva”, diz o superintendente da Susep, Luciano Portal Santanna,
que aposta ainda na ampliação da contratação à distância, por meios
remotos, o que também vem sendo regulamentado pelo órgão.
Ainda no primeiro trimestre, chamou a atenção o desempenho da
carteira de automóveis. A pesquisa da Susep indica que a receita de
prêmios apurada nesse ramo somou R$ 6,6 bilhões nos três primeiros
meses do ano, o que representa um incremento de 22,9% em comparação
ao mesmo período, em 2012. Esses valores não englobam apenas o
seguro obrigatório (Dpvat).
Segundo a Susep, o dado mais expressivo foi a queda acentuada da
taxa média de sinistralidade nessa carteira, que despencou de 68%
para 61% entre os dois períodos comparados.
MERCADO. Levando em conta todas as carteiras do mercado, a
sinistralidade caiu de 49% para 45%, entre os dois períodos
comparados. Já os sinistros retidos pelas seguradoras apresentado
alta de 9,3%, para R$ 7,8 bilhões, variação modesta se comparada ao
crescimento da receita de prêmios.
Isso significa que, de janeiro a março, o mercado devolveu para
a sociedade, na forma de indenizações, benefícios e resgates, algo
em torno de R$ 87,2 milhões por dia, incluindo finais de semana e
feriados; ou ainda, R$ 3,6 milhões a cada hora.
Já as despesas comerciais, que englobam, em linhas gerais, as
comissões de corretagem pagas pelas seguradoras, além de campanhas
promocionais, somaram cerca de R$ 3,7 bilhões no primeiro
trimestre, 12,5% a mais do que no mesmo período, em 2012.