O Hospital Pérola Byington, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio,
será ampliado e vai mudar de endereço. O governo levará o centro
especializado no tratamento da saúde da mulher para a Avenida Rio
Branco, no cruzamento com a Rua Helvétia, na região conhecida como
cracolândia, no centro de São Paulo. O projeto será desenvolvido
por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) a ser lançada em
junho. As obras devem durar até três anos.
A nova unidade vai ocupar um quarteirão inteiro na frente do
Terminal Princesa Isabel, nas proximidades da Sala São Paulo. E
terá ampliados serviços como os de reprodução assistida, tratamento
de câncer e endometriose e violência sexual. No local, também
haverá um ambulatório para atendimento de urgência e emergência, em
substituição ao que funciona na Rua Santo Antonio, na Bela Vista.
“O novo Pérola Byington será mais moderno, de acordo com as
demandas atuais. Além de ampliarmos a capacidade de atendimento,
faremos desse centro um polo gerador de políticas públicas, com
produção de pesquisas e atividades de prevenção”, disse o
secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri.
O edital de lançamento da proposta inclui ainda outras três
unidades: o Centro de Reabilitação e Tratamento dos Olhos e
Ouvidos, que funcionará como um anexo do Hospital das Clínicas da
capital, e os Hospitais Regionais de Sorocaba e de São José dos
Campos, ambos no interior do Estado. Juntos, os quatro centros vão
somar 550 leitos.No modelo desenvolvido pela secretaria, a empresa
que vencer a licitação ficará responsável não apenas pela
construção das unidades, mas também pela gestão dos serviços que
não são da área médica, como lavanderia e segurança. Em formato de
concessão, o contrato terá duração de 20 anos, com previsão de
aportes e incorporação de novas tecnologias durante o período. A
estimativa de investimento é de R$ 4,8 bilhões para os quatro
hospitais.
Referência
Considerado referência em saúde da mulher, o Hospital Pérola
Byington funciona hoje em um prédio alugado, com problemas
estruturais. Em 2009, o Ministério Público Estadual instaurou um
inquérito civil para apurar falta de segurança no imóvel e até
risco de incêndio. Após a realização de vistorias no local, a
secretaria assumiu o compromisso de promover pequenas reformas no
prédio a fim de evitar riscos aos funcionários e pacientes. Agora,
com o projeto do novo hospital, o imóvel deve ser devolvido, assim
como o prédio onde funciona o ambulatório.
A futura unidade terá 180 leitos - 40 a mais do que hoje.
Atualmente, o hospital realiza cerca de 25 mil atendimentos por
mês. Boa parte dos procedimentos está relacionada ao tratamento de
câncer, especialmente de mama. Segundo a secretaria, a
administração dos serviços médicos continuará a cargo da pasta. Já
as demais unidades serão geridas por Organizações Sociais
(OSs).