A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou hoje para o problema de excesso de peso nas crianças e indicou que mais de 75 por cento de menores nesta situação vivem nos países em desenvolvimento, onde há políticas para reduzir a subnutrição.
Cada vez mais, encontramos crianças com excesso de peso a viver em países onde a subnutrição ainda é uma questão», afirmou o diretor do departamento de Nutrição para a Saúde e o Desenvolvimento da OMS, Francesco Branca, que considerou que «o mundo precisa de fazer muito mais para prevenir e cuidar do número crescente de pessoas com excesso de peso e obesidade que vivem em países de médio e baixo rendimento».
A OMS alerta que a subnutrição, a obesidade e o excesso de peso são formas de malnutrição e trazem consequências ligadas às falhas dos sistemas de alimentação. A nível global, a OMS estima que mais de 100 milhões de crianças com menos de cinco anos têm baixo peso e 165 milhões têm baixa estatura para a idade (um indicador melhor para a subnutrição crónica).
A OMS indica ainda que 35 por cento das mortes de crianças com menos de cinco anos estarão relacionadas com subnutrição, enquanto, simultaneamente, 43 milhões de crianças até aos cinco anos têm excesso de peso ou são obesas.
Este alerta da organização surge num momento em que a OMS vai lançar uma revisão das políticas globais de nutrição e um pacote de 24 medidas essenciais para abordar os problemas da nutrição a nível mundial, que incluem a melhoria da nutrição das mulheres grávidas e a amamentar, o encorajamento da amamentação, a promoção do consumo de alimentos sólidos apropriados pelas crianças e o suplementos nutricionais e alimentos fortificados quando se justificar.