A PF (Polícia Federal) abriu inquérito para investigar uma suposta sabotagem de profissionais inscritos no programa Mais Médicos, do governo federal. A informação foi passada na noite desta quinta-feira (18).
Segundo informações do Ministério da Saúde, profissionais estariam realizando inscrições ao programa, que oferece bolsa de R$ 10 mil, com intuito de desistir em seguida e dificultar a execução do programa.
"O ministro [Alexandre] Padilha [da Saúde], na semana passada, apresentou ao Ministério da Justiça, uma informação importante, de que haveria uma inciativa de boicote ao programa. Determinei à Polícia Federal que fizesse a apuração do caso, como determina a lei. Já foi aberto um inquérito, e a PF está fazendo as análises necessárias", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.
Segundo informou o Ministério da Saúde, em apenas uma semana, o programa recebeu 11.701 inscrições de profissionais, sendo cerca de 80% deles formados no Brasil.
O ministro da Justiça explicou que é preciso, inicialmente, saber se existiu algum tipo de crime praticado pelos médicos inscritos.
"Primeiro, é necessário um levantamento de campo, para que possa enquadrar possíveis tipificações criminais que possam estar ocorrendo. A PF, num primeiro momento, estava fazendo uma avaliação. A partir daí não posso dizer mais nada", explicou Cardozo.
O ministro ainda garantiu rigor em punições, caso seja identificado algum tipo de crime.
"O Ministério da Saúde toca o programa normalmente, a investigação da PF também acontece normalmente. São situação independentes. O que posso dizer na minha área é que se alguém comete ilícito penal numa tentativa de impedir um programa governamental, obviamente a PF cumprira rigorosamente o seu dever", afirmou.
O inquérito deve ser concluído em 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período.