A Fundação Procon de São Paulo, vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do estado, divulgou esta semana o ranking dos dez serviços de saúde que mais geraram reclamações no primeiro semestre. O segmento ocupou o sexto lugar entre os mais reclamados, com 6.550 atendimentos registrados entre pedidos de orientação e queixas contra a operadora ou administradora de benefícios.
O anúncio ocorre dois dias após a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspender 21 operadoras de 212 planos de saúde no Brasil. A lista do Proncon-SP pode ser vista (em pdf) no site do Procon-SP. Lideram a lista o Grupo Amil, com 517 reclamações e 75% de resolutividade dos problemas. Vêm em seguida a Qualicorp (176 queixas, 69% de resolução), Green Line (141, 87%), Unimed Paulistana (126, 75%) e Sul América (82, 70%).
Segundo o diretor executivo da Fundação Procon-SP, Paulo Arthur Góes, problemas com esses serviços geram custos muito altos para o consumidor e o retorno das reclamações é muitas vezes difícil.
Devido às reclamações, o órgão convocou os grupos Unimed Paulistana, Amil e Greenline para apresentar um “Plano de Metas”, com o objetivo de reduzir o número de queixas e aumentar a solução dos casos registrados. As três empresas comprometeram-se a alcançar solução de 80% dos casos registrados no primeiro atendimento.
Problemas
Os principais problemas enfrentados pelos consumidores que reclamaram no Procon-SP se referem em primeiro lugar à cobertura assistencial, com 1029 reclamações e apenas 56% de resolutividade. Nesses casos, há excessiva demora para autorização de procedimentos, ou negativa (total ou parcial) de cobertura ou reembolso. Entre as justificativas das operadoras estão principalmente o Rol de Procedimentos da ANS ou cláusulas contratuais de exclusão.
Em seguida vem os reajuste por alteração de faixa etária, reajuste anual ou sem previsão contratual, com 229 reclamações e resolutividade ainda mais baixa, de 12%.