São 1.020 profissionais atuando nas unidades de saúde, entre
brasileiros e estrangeiros. Com a emissão dos registros de outros
237 profissionais, mais 817 mil pessoas devem ser beneficiadas
O Programa Mais Médicos já conta com 1.020 profissionais em
atividade nas regiões mais carentes do país. O atendimento
realizado por este grupo, distribuído no interior e nas periferias
de grandes cidades, atinge mais de 3,5 milhões de brasileiros. A
maioria (61%) dessas pessoas vive no Norte e Nordeste.
A quantidade de famílias beneficiadas pelo Mais Médicos seria ainda
maior com a atuação dos 237 estrangeiros que aguardam a emissão do
registro profissional provisório por parte dos conselhos regionais
de medicina. Esses médicos estão em equipes de saúde que cobrem 817
mil pessoas, e que poderiam contar esse reforço.
“A atuação desses profissionais começa a fazer diferença. Já temos
relatos de cidades que conseguiram dobrar o atendimento com a
chegada dos médicos do programa. A nossa expectativa é que o total
de profissionais atendendo nas regiões que mais precisam aumente
muito mais”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Considerando os 2.597 profissionais da segunda seleção, que devem
iniciar suas atividades ainda neste mês, mais nove milhões de
brasileiros terão o atendimento em atenção básica reforçados em
suas cidades, totalizando, assim, em 13,3 milhões de pessoas
atingidas pelo programa.
Os brasileiros da segunda seleção do programa tiveram até esta
segunda-feira (14) para se apresentar nos municípios enquanto os
profissionais formados no exterior devem concluir o módulo de
avaliação do programa até o dia 25 deste mês. A aprovação nesta
etapa é condição para sua atuação nas Unidades Básicas de
Saúde.
O impacto da atuação dos profissionais é calculado com base no
número de famílias cadastradas para o atendimento nas unidades
básicas de saúde. Atualmente, cada equipe de atenção básica do
Sistema Único de Saúde (SUS) cobre, em média, 3.450 pessoas.
NORTE E NORDESTE –Todos os 1.020 profissionais que estão em plena
atividade são da primeira etapa do programa. Do total, 577 são
médicos formados no Brasil. Os outros 443 têm diploma estrangeiro e
atuam no país por meio de registro provisório.
O Nordeste concentra o maior número de pessoas beneficiadas pelo
Mais Médicos, que atinge mais de 1,4 milhão de pessoas na região.
Do total de médicos em atividade, 40% estão alocados nos estados
nordestinos, com destaque para Bahia e Ceará que, juntos, reúnem
205 profissionais com capacidade para cobrir mais de 707 mil
pessoas.
No Norte, onde 20% dos profissionais estão atuando, o programa
atinge cerca de 740 mil pessoas. No Sudeste, a iniciativa já chega
a mais de 585 mil pessoas e, no Sul, mais de 480 mil, enquanto no
Centro-Oeste a população beneficiada é de quase 245 mil.
“O esforço do Ministério da Saúde é levar médicos àquelas regiões
onde há carência destes profissionais ou com dificuldade de
mantê-los nas unidades de saúde”, destacou o secretário de Gestão
do Trabalho e da Educação na Saúde, Mozart Sales.
INTERIOR DO PAÍS – Os médicos da primeira etapa do programa estão
alocados em 577 municípios e 17 Distritos Sanitários Indígenas. As
regiões mais carentes do país foram as que receberam profissionais,
uma vez que 71% dos locais atendidos ficam no interior do país.
Do total de locais atendidos, 423 São cidades com 20% ou mais de
sua população em situação de extrema pobreza, que possuem mais de
80 mil habitantes e menor renda per capita, além de regiões
indígenas. As demais áreas atendidas são periferias de 20 capitais
e 151 regiões metropolitanas.
Lançado em 8 de julho pela presidenta Dilma Rousseff, o Mais
Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos
usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em
infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número
de médicos nas regiões carentes do país.
Os profissionais do programa recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e
ajuda de custo pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios ficam
responsáveis por garantir alimentação e moradia aos selecionados.
Como definido desde o lançamento, os brasileiros têm prioridade no
preenchimento dos postos apontados e as vagas remanescentes são
oferecidas aos estrangeiros.