De acordo com os dados da pesquisa Vigitel 2012 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), um quarto da população brasileira tem hipertensão arterial. Os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, nesta terça-feira (5), mostram que o índice de 24,3%, obtido em 2012, é superior ao da pesquisa realizada em 2006, que era de 22,5% da população.
A pequisa revelou que a doença afeta 26,9% das mulheres e 21,3% dos homens. Mas de acordo com análise do ministério, esse dado não reflete que as mulheres são mais suscetíveis à doença, mas sim que elas procuram mais os serviços de saúde em comparação aos homens.
Como a hipertensão também está ligada ao envelhecimento, a pesquisa verificou que quase 60% da população com mais de 65 anos afirma ter a doença.
A maior escolaridade é um fator de proteção contra a hipertensão. "Mulheres que têm até oito anos de estudo tem três vezes mais risco de hipertensão em comparação às mulheres que têm mais de 12 anos de escolaridade", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
De acordo com os dados, a capital com maior prevalência de indivíduos com hipertensão é o Rio de Janeiro. Enquanto os locais com menores índices de prevalência da doença são Boa Vista, Palmas, Belém e São Luís.
O inquérito por telefone foi realizado com 54 mil adultos acima de 18 anos nas capitais brasileiras.
Como o consumo de sal é um fator de risco para a hipertensão, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, firmou com a Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (Abia), nesta terça-feira (5), o quarto pacto para a redução de sódio nos alimentos industrializados. Os alimentos que passarão por essa redução são empanados, hambúrgueres, três tipos de linguiças, mortadela, itens de presuntaria, queijo muçarela, requeijão e sopas instantâneas.