O diagnóstico precoce da doença aumenta as opções com chance total de cura
Até pouco tempo atrás algumas pessoas normalmente encaravam o câncer de pele como apenas mais uma pinta ou um simples distúrbio dermatológico. No entanto, com a divulgação constante da necessidade de proteção solar, assim como o alerta para prevenção, as pessoas vêm se preocupando mais com as causas e riscos da doença. Apesar de existirem alguns grupos de risco como pessoas de pele e olhos claros, assim como aqueles que tem cabelos loiros ou ruivos, o sol ainda é o maior vilão do câncer de pele. Cuidados essencias como o uso de protetor solar ajudam na prevenção da doença.
— O câncer de pele quando não tratado pode, até mesmo, se espalhar pelo corpo e atingir outros órgãos — afirma a dermatologista Helua Mussa Gazi.
São basicamente dois os tipos de câncer de pele: melanoma e não melanoma. O mais perigoso deles é o melanoma que se inicia justamente nas células responsáveis pela produção de pigmento, os melanócitos.
— O câncer de pele do tipo melanoma não é a forma mais comum de câncer de pele, no entanto é o tipo mais perigoso e se não for tratado a tempo, sofre metástase e pode levar a óbito — alerta Helua.
Já o câncer de pele do tipo não-melanoma representa cerca de 95% dos casos, sendo o carcinoma basocelular o mais comum, e se apresenta preferencialmente no terço superior da face, incluindo nariz. Sua causa é o desenvolvimento desordenado das células da camada mais profunda da epiderme. O carcinoma espinocelular, outra modalidade do tipo não melanoma, também ocorre na face, principalmente nos lábios, testa, couro cabeludo de pessoas com alopecia e também dorso das mãos e orelha. Ambos, apesar de menos perigoso, são igualmente sérios e precisam ser tratado assim que identificados.
Existem alguns fatores de risco, ou seja, alguns grupos que têm maior propensão a desenvolver o câncer de pele, entre eles estão as pessoas de pele e olhos claros, assim como aqueles que tem cabelos loiros ou ruivos. Da mesma forma as pessoas que se queimam com muita facilidade e nunca se bronzeiam ou que já apresentaram queimaduras solares antes dos quinze anos de idade e também tem casos de câncer de pele na família representam o grupo de risco.
— O sol ainda é considerado o principal vilão do câncer de pele em função da radiação UVB. Mas quem não faz parte dos grupos de risco também deve tomar cuidado, principalmente com lesões de pele que levam mais de 4 semanas sem cicatrizar, ou que sangram com facilidade. Outra dica importante é sempre observar a planta dos pés — ressalta a dermatologista.
Já existem tratamentos possíveis e eficazes na luta contra o câncer de pele: a extração cirúrgica do tumor, a aplicação de nitrogênio líquido ou a eletrocauterização com curetagem.
— É fundamental o diagnóstico precoce, pois assim as opções terapêuticas aumentam, com chance total de cura — salienta Helua.
Contudo é melhor não facilitar, cuidar da pele com as informações já existentes é fundamental.
Confira algumas dicas da dermatologista:
> Proteja a pele do sol: os raios UVA e UVB são extremamente nocivos.
> O sol fica mais perigoso entre 10h e 16h, então vamos evitá-lo nesse período. Se for necessária à exposição é sempre bom usar chapéu e protetor solar.
> O protetor solar deve ser usado todos os dias, em todas as áreas expostas ao sol. Para os momentos de exposição intensa ao sol — praia, piscina — escolha protetores com o fator de proteção mínimo de 30.
— E passe antes de sair de casa, para que a pele vá absorvendo o creme no caminho e a proteção se intensifique, e não se esqueça de reaplicar a cada 3 horas, se mergulhar ou suar demais — finaliza Helua.