Com cerca de R$ 100 anuais é possível contratar um pacote básico, que protege seu imóvel contra incêndios, quedas de raio e explosões
Para quem mora em grandes cidades, o seguro do carro já virou quase item obrigatório. Curiosamente, a mesma regra não se aplica a bens muito mais valiosos: os imóveis. O seguro residencial cobre prejuízos causados por acidentes e assaltos e é bem mais barato que o automotivo, mas mesmo assim ainda têm baixa procura no Brasil, afirma Fernando Simões, secretário executivo do Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização do Estado de São Paulo (Sindseg-SP).
“Isso acontece por uma falta de uma cultura da população e também pela pouca informação a respeito desta modalidade. Os seguros residenciais já têm um valor bastante baixo. Com R$ 100 anuais, por exemplo, já é possível contratar um serviço, enquanto para um carro o valor mínimo é muito superior”, afirma Simões.
O cliente pode escolher entre produtos que oferecem um pacote básico de proteção – que normalmente cobre incêndios, quedas de raio e explosões – ou acrescentar coberturas extras para uma série de outras situações, como tempestades, inundações e desmoronamentos. “Além disso, existe ainda a proteção contra assaltos, onde o morador informa todos os bens que possui em casa e será ressarcido em um valor equivalente a eles no caso de alguma ocorrência”, explica Simões. Isso tudo sem falar no Seguro de Responsabilidade Civil Geral, que paga por danos causados a terceiros por conta de acidentes relacionados ao imóvel. Tal modalidade inclui até a possibilidade do cachorro do proprietário atacar um visitante.
Alguns fatores estruturais do imóvel, como se a casa é de alvenaria ou madeira, podem afetar o valor cobrado para um seguro contra incêndios, por exemplo. Porém, uma reforma na casa ou a instalação de itens de segurança, como câmeras e cercas eletrificadas, vão ter pouco impacto no cálculo do montante a ser pago.
Existem também seguros que são obrigatórios no caso de financiamento imobiliário, e que preveem morte e invalidez permanente do segurando, garantindo que ele não deixe dívidas para seus herdeiros. O boom imobiliário dos últimos anos, aliás, tem aumentado a procura por esse tipo de seguro nos últimos anos. “Os imóveis se valorizaram bastante, e as pessoas estão cada vez mais preocupadas em proteger seu patrimônio”, conta Simões.