O coordenador do PET, Rodrigo
Sarlo, informou que a partir da inauguração da OPO haverá aumento
no número de profissionais trabalhando na doação de órgãos para
transplantes. O cuidado com as famílias doadoras vai ser
intensificado, e com isso haverá menos perdas de órgãos. Haverá
também mais incentivo às doações, para se conseguiaumetnar o número
de doadores e de transplantes no estado.
“A previsão para esta unidade, é
que ela aumente, no primeiro ano, em 15%, o número de doadores na
sua região [de atuação], que tem aproximadamente 3 milhões de
habitantes. Em 2013, a região teve 45 doadores. A expectativa é que
com um ano de implantação, no mesmo período, esta mesma região
tenha 52 doadores”, disse em entrevista à Agência
Brasil.
O projeto será estendido a outras
regiões do estado, e a próxima OPO será inaugurada em Petrópolis,
para atender os municípios da região serrana, Duque de Caxias, São
Gonçalo e a Ilha do Governador. Depois, será vez da OPO de
Itaperuna, que vai atender o norte e nordeste fluminenses, mais a
região dos lagos. Em seguida, virão a OPO do Hospital São
Francisco, na Tijuca, para atender bairros da zona norte do Rio, e
a OPO de Barra Mansa, com cobertura noo centro-sul do estado e
região do médio Paraíba. “A expectativa é de que todas as OPOs
estejam implantadas no primeiro semestre de 2014. Se a implantação
seguir o cronograma planejado, até o final do ano conseguiremos
chegar a 300 doadores”, revelou.
Rodrigo Sarlo informou que a OPO
Sul foi a primeira a ser instalada por concentrar o maior número de
unidades hospitalares. Ele contou que na região há 50 hospitais,
que podem fazer as notificações dos órgãos que, depois de
recolhidos, serão encaminhados para a central de transplantes,
responsável pela distribuição para todo o estado.
“A OPO terá uma interface
constante com a central de transplantes e até com a comissão intra
hospitalar de doações de órgãos e tecidos. [Será] justamente, a
ideia do Programa Estadual de Transplantes, de unificar o processo.
A OPO não realiza a distribuição de órgãos, e o órgão captado em
qualquer OPO vai ser distribuído de acordo com a lista de
pacientes, de todo o estado do Rio”, destacou, acrescentando que
após o diagnóstico dos casos de morte encefálica, as notificações
de órgãos para doação são feitas pelo número 155 do Disque
Transplantes.
Segundo dados da secretaria de
Estado de Saúde do Rio, do início do ano até quarta-feira passada
(19), foram feitas 33 captações. Em 2013, foram registrados 225
doadores, enquanto em 2012 foram 221. Ainda no ano passado, foram
realizadas 1.434 cirurgias de transplante em todo o estado, entre
cirurgias de coração, fígado, rim, medula óssea, córnea e osso.
Atualmente, 1.900 pessoas estão à espera de um transplante no
estado.