A associação entre o Banco do Brasil e a Odontoprev deve beneficiar cerca de 900 mil pessoas, entre funcionários, aposentados e pensionistas do banco, além dos seus mais de 53 milhões de clientes.
A parceria, anunciada nesta quinta-feira (19), envolve estudos para a criação de uma nova empresa que ofertará produtos do mercado de seguros odontológicos com participação de 75% do capital social da BB Seguros e de 25% da Odontoprev.
Conforme afirmou a assessoria de imprensa do BB, os produtos serão ofertados apenas para os beneficiários e funcionários do banco e clientes. As vendas serão feitas nos mais de 18 mil pontos de atendimento do banco.
Pelo acordo, o BB se compromete a ofertar, por dez anos, apenas os planos odontológicos da Odontoprev em seus canais de distribuição.
Formas de contratação
De acordo com o Banco do Brasil, em até 90 dias, a formatação da comercialização dos planos nas agências estará pronta para análise dos órgãos competentes. A instituição adiantou ainda que os planos serão semelhantes aos ofertados pelo Bradesco por meio do Bradesco Dental.
Para a coordenadora institucional da ProTeste Associação dos Consumidores, Maria Inês Dolci, essa parceria reduz as opções que os consumidores têm. “Cada vez mais o consumidor vai ficando sem opção”, afirma. “Para o consumidor, essas grandes associações não resolvem muita coisa”.
No sentido contrário, o superintendente executivo do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), José Cechin, vê a parceria como positiva para o consumidor. “São instituições grandes, que têm garantia e credibilidade”, acredita. Cechin vê a parceria com bons olhos e acredita que ela dá mais opções aos consumidores.
Antes de assinar um contrato
Adquirir um plano odontológico, ofertado em agência bancária ou não, requer os mesmos cuidados dedicados à aquisição de um plano de saúde. Para o técnico da Fundação Procon-SP Raul Dalaneze, o primeiro passo é perceber se, de fato, o consumidor precisa de um plano odontológico. “Às vezes, a pessoa acaba contratando um serviço que ela nem vai precisar”, alerta
Ele explica que, para uma contratação segura, é preciso procurar um corretor de confiança e verificar o histórico da empresa. “Verifique se ela tem registro na ANS, se ela está no ranking das mais reclamadas do Procon e busque referências sobre os serviços que ela oferece com amigos e parentes”, aconselha.
No contrato, é bom ficar atento a alguns pontos, como o detalhamento da execução dos serviços, as multas em caso de possíveis atrasos, se estão previstas cláusulas de fidelidade, carências e a rede credenciada. “É preciso verificar a abrangência geográfica do plano”, ressalta. Outro detalhe: “Tudo tem de estar por escrito, todas as promessas e garantias do corretor”, afirma Dalaneze.
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