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Planos de saúde registram aumento de 7,9% nos procedimentos

Fonte: Oglobo.globo Data: 30 abril 2014 Nenhum comentário

Internações e exames complementares têm aumentos de 13,1% e 10%, respectivamente

 

BRASÍLIA - Balanço da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) divulgado nesta terça-feira mostra que o número de procedimentos das empresas associadas à entidade chegou a 366,3 milhões em 2013 - um crescimento de 7,9% na comparação com o ano anterior. Entre os procedimentos estão consultas médicas, exames, terapias, atendimentos ambulatoriais e internações. As internações e os exames complementares registraram os maiores aumentos, de 13,1% e 10%, respectivamente.

No ano passado, a quantidade de beneficiários das associadas à FenaSaúde cresceu 8,6% - na comparação com um aumento de 4,6% no mercado de saúde suplementar. Os números da Federação mostram que os usuários de planos de saúde fazem, em média, 5,4 consultas por ano. A média anual é de 15,4 exames, 1,1 terapia e 3,5 atendimentos ambulatoriais por pessoa. No caso das internações, o índice é de 15,4 por cem beneficiários.

Na avaliação do diretor-executivo da FenaSaúde, José Cechin, os números mostram um aumento na ocorrência de eventos mais custosos às operadoras de planos de saúde. Ele ressaltou, por exemplo, que houve elevação na realização de exames e internações, que são procedimentos mais caros, em ritmo mais acelerado que o crescimento no número de beneficiários.

— A tecnologia torna elegíveis para mais pessoas procedimentos que até então não eram recomendados. Isso pode ajudar a explicar essa tendência (de alta no número de internações) — disse Cechin.

O estudo mostra um aumento constante, nos últimos três anos, no número de exames solicitados a cada consulta. Em 2011, havia a solicitação de 2,49 exames a cada consulta. Em 2013, esse número passou para 2,8 exames.

A FenaSaúde fez também um comparativo à realização de ressonância magnética e tomografia computadorizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), Saúde Suplementar, associadas à Federação e em outros países desenvolvidos a cada mil habitantes. Os dados mostram que, enquanto o SUS realiza 4,5 ressonâncias, o setor privado registra 90,1. Quando analisadas apenas as operadoras associadas à FenaSaúde, o número é de 144,9 ressonâncias. A média desses exames em países como Alemanha, Austrália, Canadá, Estados Unidos, França e Reino Unido não chega a 50 ressonâncias a cada mil habitantes, segundo o levantamento.

No caso de tomografia computadorizada, enquanto o SUS realiza 18,4 exames a cada mil habitantes, o mercado realiza 95,1 e as associadas à FenaSaúde, 145,7. Em outros países, a média é de 128,2 tomografias computadorizadas a cada mil habitantes.

— A saúde suplementar realiza mais de 20 vezes a quantidade de exames de ressonância magnética do que o SUS e cinco vezes mais tomografias que o sistema público — disse Cechin.

— No Brasil, quem tem plano de saúde faz exames na mesma proporção dos europeus, canadenses, americanos — afirmou.

As associadas à FenaSaúde registraram, em 2013, receita de R$ 44,3 bilhões. As despesas totais somaram R$ 42,5 bilhões, sendo R$ 35,7 bilhões em custos operacionais. O resultado operacional foi de R$ 1,8 bilhão.

As associadas encerraram 2013 com um montante de R$ 12,1 bilhões em provisões técnicas, o que representa 50% de todo o mercado de saúde suplementar (R$ 24,2 bilhões). Esses valores são reservas financeiras constituídas ao longo dos anos e que devem ser mantidas, obrigatoriamente, pelas operadoras e seguradoras de saúde para garantir o custeio assistencial dos beneficiários do setor de saúde privada.

Cobertura

A FenaSaúde divulgou também o 5º Boletim de Indicadores Econômico-Financeiro, produzido com base em dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de setembro de 2013. Os dados mostram que o percentual de brasileiros com mais de 80 anos cobertos por planos de saúde é de 31,9%. A taxa média de cobertura para toda a população brasileira é de 25,3%. No caso da faixa etária entre 30 e 39 anos, a taxa é de 32,7%.

— A proporção de pessoas que têm planos de saúde é mais alta entre os idosos do que entre os jovens e pessoas de idade ativa, com exceção da faixa de 30 a 39 anos — disse o diretor-executivo da Federação, José Cechin.

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