O Centro, que é o quarto da Siemens no mundo via parceria, pretende unir expertises para pesquisar a vanguarda científica da área e desenvolver novas tecnologias e protocolos
“A medicina mudou. E o uso de imagem, hoje, é fundamental para exercê-la”. A frase foi proferida por Roberto Kalil, diretor geral do centro de cardiologia do Hospital Sírio-Libanês, durante cerimônia de anúncio sobre a parceria do hospital com a Siemens para a criação de um centro internacional de referência em imagem cardiovascular. O parque do Sírio, que já contempla equipamentos de primeira linha da fabricante alemã, será agora fortemente usufruído para fins de pesquisa e capacitação profissional.
Os equipamentos continuarão disponíveis para os pacientes do dia a dia, mas a parceria viabilizará o desenvolvimento de novos softwares e customizações. “Os equipamentos são os mesmos, mas eles passam a ter uma chave maior. O que faço hoje no paciente convencional vai até um limite e vou continuar fazendo até esse limite. Mas quando abre-se a porta para a pesquisa, testamos outras capacidades das máquinas, que vão além do aspecto comercial”, explicou o coordenador do departamento de imagem e coração do Sírio- Libanês, Luiz Francisco Rodrigues de Ávila, nesta última quinta-feira (15/08).
As instituições unirão expertises para pesquisar o que há de mais vanguardista na comunidade científica em ressonância magnética, tomografia e angiografia. Além de perseguir as tecnologias mais modernas para o diagnóstico do paciente, o acordo também prioriza a educação médica. Dessa forma, programas de capacitação em exames por imagem cardiovascular serão oferecidos a médicos de todo o Brasil e de outros países.
Os profissionais do Sírio também terão acesso direto às novas tecnologias em desenvolvimento pela Siemens, na Alemanha, e serão responsáveis pelos testes e geração de protocolos dessas novas ferramentas no Brasil.
Este centro, localizado na unidade Bela Vista do Sírio, é o quarto da Siemens ao redor do mundo e o primeiro nas Américas. Dois dos outros centros estão na Europa – Alemanha (Elisabeth-Krankenhaus Essen Hospital) e Mônaco (Cardiothoracic Center of Monaco) – e o outro na Ásia, em Taiwan (Cheng Hsin General Hospital).
De acordo com o vice -presidente de relacionamento com o cliente da Siemens, Rui Brandão, a parceria com o Brasil segue o mesmo modelo das demais, onde o prestador é quem define as áreas de interesse a serem desenvolvidas. O executivo informou que o investimento financeiro para o trabalho dependerá do andamento dos projetos e do que o hospital vai querer explorar.
“A ideia central é construir uma coerência entre as várias modalidades de tecnologia, fazendo com que elas se somem e se completem”, afirmou o vice-presidente da divisão de Saúde da Siemens, Armando Lopes.
LEIA MAIS
Siemens traz ressonância de 7 Tesla ao Brasil em parceria com USPParque de equipamentos Nos últimos dois anos, o Sírio investiu cerca de R$ 12 milhões para atualizar seu parque que, hoje, é composto por: dois equipamentos de angiografia e hemodinâmica, sendo que um deles, o Artis zeego foi o primeiro equipamento de angiografia com arco robótico instalado na América Latina. Na área de tomografia computadorizada, a entidade possui entre outros o “dual source” SOMATOM Definition Flash, que realiza exames das artérias coronárias adquiridas em um quarto de um batimento cardíaco (melhor resolução temporal). Para ressonância magnética, o MAGNETOM Skyra, de 3 Tesla, possui tecnologia Tim 4G - quarta geração da tecnologia de integração de bobinas e o DOT, plataforma que permite configuração rápida de protocolos. Aparelho foi projetado para aumentar os resultados clínicos e possibilitar a obtenção de imagens do corpo inteiro em alta resolução.