No primeiro semestre do ano, o setor de Capitalização distribuiu R$ 538 milhões em prêmios a clientes sorteados em todo o país. O valor representa um crescimento de 13,2%, em relação ao primeiro semestre do ano passado e o equivalente ao pagamento de R$ 4,3 milhões por dia útil do período.
O faturamento global no semestre registrou um crescimento de 5,9%, em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo um montante de R$ 10,6 bilhões. As provisões técnicas – valores acumulados pelos clientes que serão devolvidos sob a forma de resgates – atingiram R$ 28,3 bilhões, um avanço de 15,9%. Até junho, o setor injetou na economia mais de R$ 7 bilhões em resgates finais e antecipados, o que representa 15,9% a mais do que no ano passado.
Responsáveis por parte do crescimento, os produtos de incentivos tem contribuído para a expansão do setor, “Hoje o segmento é responsável por 11% de toda arrecadação”, diz Marco Antonio Barros, presidente da Federação Nacional de Capitalização (FenaCap). A Expectativa é de que os produtos de incentivo cheguem ao fim do ano com 30% de expansão, completa.
Os produtos de incentivo têm conquistado a adesão de muitas empresas, algumas, inclusive, só trabalham com a modalidade. Nesse caso, pessoas jurídicas adquirem série fechadas de títulos, concedendo a seus clientes o direito a concorrer aos sorteios de prêmios em dinheiro. A modalidade vem se consolidando como uma importante ferramenta de marketing, contribuindo para estreitar o relacionamento com clientes, ampliar market share, agregar valor a marcas e fidelizar de clientes. “Ao vincular produtos aos títulos, as empresas passam a dispor de um poderoso instrumento promocional”, acrescenta o presidente da FenaCap. Até junho a modalidade já havia arrecado cerca de R$ 201 milhões, o que representa avanço de 26,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
Saúde
FenaSaúde registra R$ 9,4 bilhões em despesas assistenciais no primeiro trimestre
Custos com procedimentos com a saúde entre as associadas cresceram mais que as receitas
Fonte: Federação Nacional de Saúde Suplementar
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde), entidade que reúne 38% dos beneficiários de todo o mercado de Saúde Suplementar no país, registrou R$ 9,4 bilhões em despesas assistenciais nos três primeiros meses de 2014. Em comparação com o mesmo período de 2013, quando estas despesas somaram R$ 8,1 bilhões, houve crescimento de 15,6%. Em contrapartida, as receitas das associadas à Federação cresceram a uma taxa menor: 12,8%, registrando R$ 11,6 bilhões no primeiro trimestre de 2014 contra R$ 10,3 bilhões no mesmo período do ano passado.
A série histórica aponta para a tendência do crescimento das despesas com assistência à saúde superior à expansão das receitas. Ao analisar os períodos de janeiro a março de 2010 a 2014, as despesas assistenciais entre as associadas à entidade aumentaram em 98,1%, enquanto a evolução das receitas foi de 92,1%.
O comportamento do mercado de Saúde Suplementar também acompanha tendência verificada pelas associadas à FenaSaúde, com crescimento das despesas com assistência médica em 67,9% nos últimos cinco anos, e receitas evoluindo 62,1%. “Na avaliação da Federação, o aumento das despesas assistenciais tem como razões a contínua incorporação de novas tecnologias médicas, o aumento do custo de materiais e medicamentos e a judicialização, que frequentemente garante a um bom número de beneficiários procedimentos que eles, por livre escolha, não contrataram ou que não estão acolhidos pelas normas da Agência Nacional de Saúde Suplementar, o que gera desequilíbrio nas contas do setor”, afirma Marcio Coriolano, presidente da FenaSaúde. Tais distorções afetam todos os beneficiários de planos e empregadores que os oferecem como benefício, únicos provedores dos recursos para a assistência.
No que se refere à solvência, as associadas à Federação apresentaram um incremento de 54,3% nas reservas financeiras nos últimos três anos, levando-se em consideração a comparação do primeiro trimestre de 2014, quando foram alcançados R$ 11,8 bilhões, com os R$ 7,6 bilhões registrados no mesmo período de 2012.
Este crescimento foi proporcional ao observado no mercado de Saúde Suplementar no período, que foi de 54,4%. Essas reservas técnicas são constituídas ao longo dos anos e devem ser mantidas pelas operadoras de planos e seguros de saúde, por determinação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com a finalidade de garantir a capacidade de pagamento de todos os compromissos assumidos com os beneficiários.
A análise econômica do primeiro trimestre de 2014 – referente a todo o mercado de Saúde Suplementar e às associadas à FenaSaúde – constará no 7º Boletim de Indicadores Econômico-Financeiros e de Beneficiários, editado pela entidade, que será lançado em agosto.