Patologias de alta prevalência no
País
As formas de diagnóstico, o tratamento, a medicação e o
acompanhamento de pacientes com 33 doenças de alta prevalência no
país poderão ser consultados na publicação Protocolos Clínicos
Diretrizes Terapêuticas, lançada nesta quarta-feira (06) pelo
Ministério da Saúde em livro e CD. O objetivo é padronizar o
atendimento a pacientes com estas doenças.
"Esta publicação é de extrema importância para o cotidiano do
trabalho profissional à medida que amplia o acesso às informações
clínicas e terapêuticas. O documento não se baseia apenas em
evidências científicas, mas em narrativas dos pacientes", disse
o secretário de Atenção à Saúde do Ministério, Alberto Beltrame,
ressaltando a importância da humanização da saúde pública no
país.
O livro com 600 páginas contém os protocolos de doenças como
insuficiência renal crônica, endometriose, doença de Parkison e
doença falciforme. Os protocolos abrangem cerca de 6 milhões de
pessoas que sofrem de 33 tipos de doenças.
O material aborda desde a caracterização da doenças, o tratamento
indicado, os medicamentos a serem prescritos, a forma de
administração, o tempo de uso, os benefícios esperados e o
acompanhamento necessário.
Para Beltrame, este é um passo importante para assistência médica
prestada pelo SUS. "Estamos parametrizando o atendimento, para
evitar a grande variabilidade clínica existente. O protocolo é
melhor que a bula, pois não tem o viés da indústria farmacêutica",
disse Beltrame.
O secretário destacou também que o protocolo poderá
instrumentalizar a Justiça em decisões que envolvam o tratamento de
determinadas doenças e auxiliar os gestores públicos na previsão de
compras e redução de custos com medicamentos.
Os 10 mil livros e 10 mil CDs serão distribuídos às secretarias
municipais e estaduais de Saúde, aos postos de saúde, além de
entidades médicas. O documento também estará disponível no site do
Ministério da Saúde para consulta pela população.
Até o final de 2010 outra publicação será concluída com os
protocolos de mais 30 doenças. O trabalho é realizado pelo
Ministério da Saúde em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz
(HAOC), de São Paulo.
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