O
governo deve dar mais prazo para que empresas quitem suas dívidas
tributárias dentro do programa especial de parcelamento, o chamado
Refis. O prazo para empresas aderirem ao programa terminou em 25 de
agosto. A ideia é dar mais uma chance, ainda neste ano, para que
mais empresas usem o benefício para quitar suas dívidas com o
Fisco. O governo conta com essas receitas extraordinárias para
melhorar seu caixa, num ano difícil para o Tesouro, em que a
arrecadação está em queda – reflexo da perda de fôlego da atividade
econômica – e as despesas em alta.
A
estimativa do governo, anunciada em agosto, é arrecadar de R$ 18
bilhões a R$ 21 bilhões este ano com o pagamento de
dívidas.
Segundo o deputado federal Newton
Lima Neto (PT-SP), relator da medida provisória que trata do Refis,
a decisão de estender o programa deve ser tomada essa semana, junto
à equipe econômica da presidente Dilma. No Ministério da Fazenda, a
ideia é bem considerada, mas há resistência em atender aos pedidos
dos empresários de ampliar as parcelas e diminuir o valor da
entrada que as empresas têm que dar, mantendo inalteradas as regras
do último Refis. Dentro dessas regras, as empresas tiveram de pagar
até 20% do valor total da dívida como entrada, parcelada em até
cinco vezes.