Na contramão do setor, marcas de carros de luxo esperam expansão
Rodrigo Mora
De São Paulo
Há um setor da indústria automotiva que enxerga 2015 como um ano promissor. É o nicho que agrupa as marcas premium, que têm apresentado crescimento mesmo em tempos de crise.
"Temos registrado crescimento em todas as regiões do Brasil e vamos investir R$ 300 milhões na expansão da rede concessionária", afirma o presidente da Audi do Brasil, Jörg Hofmann.
Até o final do ano, a marca chegará aos 40 pontos, que em 2017 saltarão para 60.
Entre janeiro e setembro de 2014, a montadora alemã emplacou 9.600 carros no Brasil, um aumento de 102% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
A marca espera chegar a 12 mil unidades vendidas até o fim do ano e atingir 15 mil licenciamentos em 2015.
Essa evolução se faz necessária devido à fabricação de modelos em São José dos Pinhais (PR) a partir do ano que vem. O primeiro será o A3 sedã 1.4 turbo, que será flex. Em 2016 chega o SUV Q3.
Nordeste
Ampliação da rede de concessionárias também é uma prioridade para BMW e Mercedes, que focarão seus investimentos na região Nordeste.
"O ritmo de expansão no Nordeste é mais acelerado do que foi na implantação da marca em outras regiões desde que chegou ao Brasil, em 1995. O mercado em São Paulo, que tem nível de motorização por habitante elevado, está estancado. O crescimento atualmente está no Nordeste", diz Arturo Piñeiro, presidente da BMW do Brasil.
Já a Mercedes passará dos atuais 42 pontos para 47 até o fim do ano, com foco também na região nordeste.
Prestes a iniciar sua produção no Brasil, a Land Rover vive seu melhor momento no mercado brasileiro: suas vendas cresceram 500% nos últimos dois anos.
O desempenho levou a empresa britânica a ampliar sua rede de concessionárias, que dos atuais 38 pontos passará para 42 até março de 2015 –que coincidirá com a estreia do Discovery Sport, o modelo que estreará a unidade de Itatiaia (RJ).