A Unimed Franca confirmou ontem, 16, a existência de uma negociação para a aquisição da carteira de planos de saúde da operadora Santa Casa Saúde da Fundação Santa Casa de Franca. As conversas entre as partes estão ocorrendo há cerca de um mês, porém ainda não existe uma posição oficial sobre a venda. O plano Santa Casa Saúde possui em torno de quatro mil vidas.
O interesse pela compra da carteira de clientes foi confirmado pelo gestor estratégico da Unimed, Paulo Cruz Neto. Segundo ele, as primeiras conversas aconteceram entre o diretor comercial da operadora, o médico José Eduardo Paciência (Foto), e diretores da Santa Casa e avançaram para uma análise mais detalhada do processo. A previsão é de que um acordo seja fechado ainda neste ano. A operação, porém, está sujeita a aprovações pela ANS (Agência Nacional de Saúde) e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). É necessário também um aval da Promotoria de Justiça.
“As diretorias conversaram e amadureceram a ideia, mas um acerto ainda depende de um estudo feito pelo jurídico e também de um acordo financeiro entre as partes”, disse Neto. Ele não revelou o valor das negociações envolvendo as duas empresas.
Caso ocorra a aquisição da carteira de planos, os conveniados da Santa Casa Saúde, em grande parte colaboradores do hospital e seus familiares, passarão a ser atendidos exclusivamente pela Unimed. Antes, um cronograma de transferência deverá será montado e os detalhes de como funcionará o plano divulgados. Atualmente, alguns serviços e atendimentos médicos já são prestados pela operadora.
“A Unimed está preparada para absorver esses conveniados sem grandes transtornos. Se a negociação se confirmar, passaremos de 75 mil clientes para próximo de 80 mil”, revelou o gestor.
Procurada, a Santa Casa de Franca informou que não fará declarações sobre o assunto e se pronunciará, assim que possível, por meio da emissão de um comunicado.
Em 2013, a fusão entre a Unimed e o Hospital Regional de Franca foi vetada pelo Cade, que considerou a medida com alto grau de concentração do mercado de planos de saúde. Na ocasião, 55% dos serviços de ambas as empresas já estavam operando em conjunto, após uma operação avaliada em R$ 45 milhões.