Recém-aprovada pela Agência Nacional de Saúde (ANS), a fusão das
administradoras de planos de saúde DG Participações, Unifocus e
PreviQuali acaba de criar uma das maiores gestoras de benefícios
médicos do país.
A nova companhia - cujo nome ainda
está sendo escolhido - tem uma carteira total de 250 mil
beneficiários de planos de assistência médica e odontológica, com
arrecadação de mais de R$ 700 milhões em prêmios em 2014.
A operação une três executivos com
larga experiência no segmento de saúde suplementar: José Luiz de
Carvalho Júnior, fundador da DG, que trabalhou por 29 anos na Amil;
Gian Lucchesi, fundador da Unifocus; e Farias Sousa, fundador da
PreviQuali. Segundo eles, a nova gestora será a segunda maior do
mercado. A líder na gestão de planos coletivos por adesão no Brasil
é a Qualicorp, com pouco mais de 1 milhão de vidas em carteira.
Os três executivos planejam atingir
1 milhão de vidas seguradas em cinco anos, o que significará um
crescimento de 300% sobre o número atual. Para Carvalho Junior,
apesar de alta, a expectativa é totalmente viável. O mercado de
saúde suplementar é composto por 50,9 milhões de beneficiários de
planos médicos, e 21,07 milhões de beneficiários de planos
exclusivamente odontológicos. "Há muito espaço para consolidação no
setor", diz.
Em média, o custo de um plano de
saúde por adesão em contratos coletivos é 40% menor que o de um
plano individual, cuja oferta no mercado também é cada vez mais
escassa.
"A oportunidade do setor de planos
por adesão é oferecer custo mais baixo para os usuários, mas com
menos riscos para as operadoras", diz Carvalho Júnior, frisando que
o segmento também sofre com a excessiva judicialização do mercado
de planos de saúde.
Além da administração de planos
coletivos, o grupo também atuará na comercialização de planos
corporativos, consultoria e gestão personalizada de benefícios,
além de planos coletivos empresariais na modalidade de
ressarcimento.
Com cerca de 400 funcionários, a nova empresa atenderá 76 entidades
de classe e 201 companhias. Para isso, terá filiais em nove Estados
(Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco,
Ceará, Maranhão, Alagoas, Goiás) e no Distrito Federal), mas
atuação em todo país. "Esses Estados são os que consideramos
estratégicos", afirma o executivo.