Com medo de perder o smartphone, consumidores recorrem ao serviço
Uma situação recorrente em eventos com grandes aglomerações, como o carnaval, são os roubos e furtos de celulares. Passada a folia, os consumidores que desejam se precaver contra esse tipo de situação em outras ocasiões, podem optar pelo seguro para esses aparelhos, serviço oferecido por algumas operadoras e seguradoras.
Os valores dos contratos variam e podem ser pagos anualmente ou mensalmente e giram em torno de 10 a 20% do valor de tabela do aparelho. Segundo uma simulação feita no site da empresa Bem Mais Seguros, que estipula o valor a partir do modelo, um iPhone 5s, que custa em média, R$ 2.500, seria assegurado pelo valor mensal de R$ 28,35. Além disso, ao solicitar o ressarcimento, o consumidor deve pagar uma tarifa chamada taxa de franquia, valor que corresponde a cerca de 20% do valor de mercado do produto.
Caso o interessado opte por adquirir o serviço pela própria operadora, a Vivo e a Tim oferecem alguns tipos de planos. A Vivo disponibiliza contratos que vão de R$ 8,49 mensais a R$ 40,99, com carência de 30 dias úteis a partir da data de contratação. Já a TIM, contempla celulares com até três meses de uso – considerando a data da nota fiscal – e que podem ter sido comprados no Brasil ou no exterior, protegendo em casos de roubo ou furto qualificado. Após a aprovação do pedido, um novo aparelho, igual ou similar é enviado.
Para o consumidor que prefere contratar o serviço direto com a seguradora, independente da operadora utilizada, algumas empresas ofertam seguros que podem ser ampliados para situações como queda de líquido e quebra acidental. A Bem Mais Seguros oferece pacotes que variam de R$ 5,99 a R$ 55,99 mensais e assegura celulares com até 12 meses de uso, enquanto a Saraiva oferece o serviço já no ato da compra.
O programador Rodrigo Alves contratou o serviço ao efetuar a compra de seu celular. Seis meses depois, foi assaltado e recorreu à seguradora para obter a indenização. “Solicitei e eles me enviaram um aparelho novo. Você precisa acompanhar tudo constantemente e aguardar todo o processo de análise e envio. Foi válido, mas é algo extremamente burocrático e demorado”, afirma ele.
De acordo com o advogado especialista em direito do consumidor Lídio Souto Maior o primeiro passo antes de fechar o contrato é analisar todas as cláusulas, especialmente as que garantem o recebimento do seguro. ” O consumidor deve ler bem todas as condições da proposta. Depois disso, caso o documento não seja claro, ele tem que buscar esclarecimentos junto à empresa”. O advogado afirma que o interessado deve analisar a viabilidade da proposta, verificando se a abrangência corresponde às suas necessidades. “Celulares são objetos muito fáceis de serem perdidos ou furtados. Se o consumidor considera a possibilidade de ocorrência desses fatores, a partir de sua forma de utilizar o aparelho, um seguro que não cobre esses tipos de incidentes torna-se pouco viável”, exemplifica. Ainda segundo ele, todas as informações necessárias devem ser explicitadas claramente no contrato, como exige o Código de Defesa do Consumidor.