A Allianz estima que os seguradores deverão pagar cerca de US$300 milhões em sinistros e custos decorrentes do acidente aéreo com o avião da Germanwings nos Alpes Franceses, no dia 24 de março. Um grupo de mais de 30 seguradores deverão arcar com os encargos financeiros do acidente, que acredita-se ter sido provocado deliberadamente pelo copiloto da aeronave.
A estimativa inicial representa cerca de 20% do valor de US$ 1,5 bilhões em prêmios arrecadados no mercado global de seguros aeronáuticos e inclui também as perdas da aeronave, que ficam em torno de US$6,5 milhões, as forças de busca, encargos legais e indenização às famílias dos passageiros.
De maneira geral, esses cálculos são feitos de forma conservadora, somando tantos custos quanto possível à conta e baseados em informações de experiências anteriores. Mesmo assim, especialistas avaliam que ainda é muito cedo para saber se esses valores deverão ser mais altos ou mais baixos, mas afirmam também que, no momento, as seguradoras têm a obrigação de apresentar a estimativa. O valor foi dado pela Allianz, por ser a principal seguradora no caso.
As indenizações às famílias dos 144 passageiros deverão ser um outro grande custo, mas a o esperado é que os seguradores tentam resolver as reivindicações sem irem aos tribunais, já que o processo pode levar meses. A companhia Lufthansa se ofereceu para efetuar o pagamento de até 50 mil euros por passageiro em assistência imediata.
Sobre a divisão na subscrição do risco em questão por cosseguradoras, a Allianz teria uma participação de 10%, AIG 11% e Swiss Re com 7%. As seguradoras não quiseram se pronunciar sobre o caso.
Seguradores costumam recorrer ao apoio financeiro de resseguradoras em casos de grandes perdas. A agência classificadora de seguros A.M. Best disse que as perdas da Germanwings poderiam ser absorvidas pelo Lloyds.