O advogado Sidney Júnior, do Grupo Unidas – operador dos 15 planos de saúde que estão suspensos em Teresina – afirmou, durante audiência pública na Câmara Municipal de Teresina, nesta segunda-feira (25), que a rede de planos não tem como conceder o reajuste dos atendimentos solicitado pelos médicos. Sem propostas, uma nova audiência, ainda sem data definida, será agendada com representantes da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e Ministério Público do Trabalho.
“Infelizmente, não temos condições de reajustar os valores para os médicos. No entanto, o contrato com a categoria não prevê a paralisação de atendimentos. Não houve qualquer tipo de negociação, por isso pedimos aos médicos que possamos negociar a melhor forma de solucionar o impasse”, diz Sidney Júnior.
A presidente do Sindicato dos Médicos do Piauí, Lúcia Santos, enfatiza que a categoria quer adequar os vencimentos de acordo com a tabela da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM). “Não estamos pedindo nada demais. Apenas queremos nossos direitos garantimos porque estamos literalmente pagando para atender pacientes”, frisa.
A vereadora Teresa Britto, presidente da Comissão de Saúde da Câmara de Teresina, lamenta a suspensão dos planos de saúde e o reflexo causado aos usuários. “Quem mais precisa desses atendimentos é a população, que não tem nada a ver com o impasse entre os planos de saúde e os médicos, por isso temos de resolver esse imbróglio o quanto antes”, afirma.
A suspensão atinge os planos ASSEFAZ, CAMED, CAPE SAÚDE, CASSI, CASEMBRAPA, CORREIOS SAÚDE, CONAB, EMBRATEL, FACHESF, FUNDABEM, FASSINCRA, GEAP, PLAN ASSISTE e UNAFISCO. Recentemente, o Instituto de Previdência do Município de Teresina também teve seu atendimento suspenso.