Indicadores como infraestrutura,
efetividade no cuidado, eficiência técnica e satisfação do usuário
darão as diretrizes para o programa
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e instituições do
setor trabalham para desenvolver programa de monitoramento de
qualidade para os hospitais brasileiros. A ideia é atrelar boas
práticas em saúde a uma remuneração diferenciada.
"Atualmente os hospitais não recebem nenhum incentivo da fonte
pagadora. Objetivo é fazer com que as operadoras paguem melhor
levando em consideração o serviço de qualidade das entidades",
explicou o sócio diretor da Impacto Tecnologias Gerenciais em
Saúde, Cesar Abicalaffe - um dos integrantes do grupo que
desenvolve as diretrizes do programa.
Os critérios para a avaliação ainda estão sendo definidos. No
entanto, quatro aspectos que vão nortear os indicadores que já
foram traçados. São eles: infraestrutura, efetividade do cuidado,
eficiência técnica e satisfação do usuário.
"Ao estimular melhorias de qualidade, a proposta visa criar um
modelo a ser seguido", disse.
Financiado pela Organização Pan-Americana da Saúde no Brasil, a
previsão é de que até o final de outubro as orientações estejam
prontas para serem aplicadas em formato piloto.
Além dos critérios para a avaliação, o modelo de remuneração também
está sendo discutido. Pacotes para procedimentos hospitalares
prevalentes estão sendo considerados, além de adicionais por
performance.
"É preciso enfatizar que isso não é obrigatório. É apenas uma
orientação para que as operadoras monitorem os prestadores",
afirmou.
Ainda de acordo com o executivo, o projeto beneficia o setor como
um todo. De um lado, as operadoras conseguirão monitorar de forma
eficiente os serviços prestados pelos hospitais. De outro, as
entidades receberão estímulo da fonte pagadora. E, como
consequência, o atendimento aos usuários deve ser aprimorado.
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