Em dezembro, o ICES
(Índice de Confiança e Expectativas das Seguradoras)
interrompeu a sua lenta recuperação registrada nos dois meses
anteriores, e voltou a cair. Houve uma variação de 71,6 para 69,6
(em relação ao mês anterior) e bem abaixo dos 86,4, registrados no
mesmo mês de 2014.
Mesmo com expectativa
de crescimento de 11%, na análise do ano
de 2015, o resultado foi desfavorável, em termos
de confiança do setor de seguros. Para a
Fenacor, ainda é difícil dizer algo favorável com relação a esse
aspecto já que os indicadores caíram, em média, 20% em 12
meses. O ICES foi de 86,4 para 69,6, uma queda de 19,5% em 12
meses. Já o ICSS – que mede a confiança global do setor, de 82,9
para 67,1, uma variação negativa de 19,1%.
“Em dezembro, houve a mudança de
ministro da Fazenda e o Brasil foi mais
uma vez rebaixado pelas agências de
risco internacionais. Isso naturalmente afetou as expectativas dos
agentes econômicos do setor de seguros”, comenta o presidente da
Fenacor, Armando Vergilio.
Os percentuais são calculados a
partir de pesquisa realizada pela entidade com 100
grandes empresas do setor, que optaram por percentuais de 0 a 200
para a confiança na economia, rentabilidade e faturamento. Também
foram apurados outros três indicadores: ICSS (de confiança do setor
de seguros no Brasil), ICER (Índice de Confiança e
Expectativas das Resseguradoras) e ICGC (Índice de Confiança das
Grandes Corretoras).
Indicador |
Jul.15 |
Ago.15 |
Set.15 |
Out.15 |
Nov.15 |
Dez.15 |
ICES |
69,5 |
65,6 |
64,4 |
65,0 |
71,6 |
69,6 |
ICER |
68,3 |
65,0 |
62,8 |
63,0 |
69,1 |
64,4 |
ICGC |
67,1 |
65,8 |
67,4 |
66,2 |
68,3 |
67,3 |
ICSS |
68,3 |
65,5 |
64,8 |
64,7 |
69,7 |
67,1 |
2016: seguradoras com pouco
confiança
Quando questionadas sobre suas
expectativas sobre a confiança na economia
nacional, 79% das seguradoras; 78% das corretoras e
72% das resseguradoras esperam um cenário de piora.
Rentabilidade: alta na taxa
de juros ajuda seguradoras
No que diz respeito
a rentabilidade dos negócios, as
seguradoras se destacam. Sobre o item, 70% delas esperam manutenção
para os próximos seis meses. Este percentual pode ser explicado
pela alta nas taxas de juros, que aumentam as reservas das
empresas. “O aumento de juros tem um efeito favorável nas empresas.
Isso é um aspecto positivo, que evita uma queda maior na
rentabilidade”, comenta Armando Vergilio.
Já corretoras são as mais
pessimistas: 58% esperam queda. Para resseguradoras, o índice é de
55%.
Faturamento: resseguradoras
otimistas
As empresas de resseguros optaram por uma
expectativa positiva em relação ao faturamento: 60%. Já seguradoras
e corretoras esperam quedas com percentuais de 53% e 58%.