O Estado de São Paulo conta hoje
com 38 mil corretores de seguros. A informação consta da edição de
janeiro da Carta de Conjuntura do Setor de Seguros. A publicação,
que é assinada pelo Sindicato dos Corretores de Seguros no Estado
de São Paulo (Sincor-SP) e que traz um mapeamento mensal da
indústria de seguros, passará a partir de agora a contar com
estatísticas sobre a categoria. Dados da Superintendência de
Seguros Privados (Susep) apontam que em todo o País atuam 96 mil
corretores de seguros — aproximadamente 40% desse total no
Estado de São Paulo.
De acordo com a publicação, desses
38 mil corretores, 80% se especializam em todos os ramos, 20% em
vida, previdência ou saúde e 37% estão registrados como empresas,
quase 14 mil, portanto. A cidade de São Paulo abriga 48% do total
do total de corretores do estado.
Para o presidente do Sincor-SP,
Alexandre Camillo, essa força de vendas pode — e deve — fazer a
diferença para a recuperação dos números robustos da indústria de
seguros nos últimos anos. “É inegável que a competitividade
aumentou drasticamente e que é cada vez mais difícil se diferenciar
e crescer diante das dificuldades conjunturais. Contudo, não há
como deixar de reconhecer o papel e a força do canal corretor
paulista na missão de manter o foco, com empenho e criatividade,
para a superação da crise que afeta, inclusive, o mercado de
seguros”, afirma Camillo.
Balanço e
perspectivas
A nova edição da Carta de
Conjuntura ressalta que os números da economia continuaram em
baixa, com Produto Interno Bruto (PIB) em retração de quase 4% e
uma taxa de inflação próxima dos 10%. O ponto positivo para o setor
de seguros é que não houve queda expressiva nas margens de
rentabilidade das principais companhias. No comparativo acumulado
entre novembro de 2014 e 2015, a receita do setor de seguros,
descartando VGBL e Previdência, registrou alta de 5%. Se estes dois
itens entrarem na conta, o salto na receita é de 11%.
Segundo o estudo, o comportamento
da economia tem influência direta no mercado de seguros. Assim, o
setor deve desacelerar, em virtude do PIB negativo, mas apresentará
ganhos, em termos nominais, ou seja, sem considerar o avanço da
inflação. Essa composição fará com que as variações por segmento,
em alguns casos, sejam similares às do ano anterior. A previsão
atual é que somente a indústria de seguros (sem saúde suplementar)
cresça 6% em 2015, abaixo do índice de 2014, que foi de 10%. Para
2016, a projeção é de um crescimento de 9%.