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Há anos,
o seguro mais difundido no Brasil é o de automóvel, fazendo,
inclusive, que boa parcela da população acredite que só existe essa
modalidade.
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Os corretores, no entanto, devem
considerar também outros seguros como o de vida, residencial, roubo
e furto qualificado, perda de renda por acidente ou doença, seguro
funeral, seguro de acidentes pessoais, seguro educacional, seguro
viagem, seguro de diária por internação hospitalar, seguro de
diária de incapacidade temporária.
O campo da saúde é igualmente sério.
Um exemplo vem do jornalista Lucas Mendes, que há anos mora em Nova
York. "Um dos meus filhos sentiu uma dor muito forte do lado
direito da cintura e às 23 horas fomos para a emergência do
hospital. Depois de duas ou três horas para ser admitido, os
médicos começaram uma série interminável de exames. Menos de 12
horas depois, frustrado por exames sem definição e pelo cenário,
meu filho fugiu do hospital. Mas não da conta: US$ 21 mil. O seguro
pagou até o último centavo."
Por outro lado, é muito difícil
falarmos do corretor de seguros de pessoas, particularmente o de
vida, pois importante é sermos também corretor de vida para valer!
Já ouvi alguns seguradores dizerem que o corretor de seguros não
faz vida individual e pouco faz no coletivo. Até agora a produção
de seguros individuais ou de pequenas empresas tem sido muito
mais através de balcões ou mesmo de equipes próprias. Aí temos como
exemplo companhias como Mongeral, Federal, Icatu entre
outras.
Se isso é verdade, então temos que
nos especializar mesmo e nos impor metas diárias. Alguns falam em
montar equipes, mas tenho certeza que esse não é o caminho. É
preciso que, pessoalmente, nos dediquemos a conversar com nossos
clientes e criarmos formas de abordarmos o seguro de vida a todos
que encontrarmos pela frente.
No Japão, os seguros de vida são
predominantes. Em paises que estão muito à frente de nós em relação
ao PIB o que realmente predomina são também os seguros de pessoas,
Em nosso pais isso não acontece e entendo que é para acontecer de
verdade.
Nosso sindicato vem fazendo cursos e
eventos voltados para esse ramos.Em novembro. vamos fazer mais um
grande encontro voltado para seguros de vida e previdência privada.
Nesse evento, vamos focar exatamente como vender, quais os
argumentos para convencer as pessoas.
Dizem que o corretor de ramos
elementares está pensando só no automóvel e quando sobra um tempo,
ai sim, pensa em oferece o seguro de vida. Quer dizer, essa
modalidade não é uma prioridade no seu dia a dia. Acredito que se
cada um se dedicar, em pouquíssimo tempo mudaremos essa
visão.
Carteira? Sim, carteira! Tem de ser
prioridade nossa, pois agindo dessa forma mudaremos tudo, até os
que pregam corretor especial para o microsseguro.I sso seria ou
será um desastre. Fico perplexo quando leio sobre pessoas que
afirmam que o corretor de microsseguro tem que ser um líder
comunitário.
Já somos 27.000 profissionais em
todo o Estado e a cada ano, em todo o país, começam a atuar mais de
mil corretores de seguros e novas empresas. Não podemos admitir o
tal líder comunitário, uma vez que já estamos nos atropelando todos
os dias. Corretor é um só, Temos o de vida que respeito, mas ter
mais um para confundir os segurados não é aceitável.
O que temos de fazer é trabalhar
para que a população reconheça a importância dos seguros de pessoas
e dos planos de saúde. Seguros de pessoas não são "mau agouro", e
sim, prevenção, bem como o planejamento tranqüilo de uma vida digna
do segurado e segurança de seus familiares.
É preciso reverter o conceito do
"mau agouro". Nesse sentido, os corretores de seguros são de
importância vital no processo de conscientização.
Leoncio de
Arruda