Corretores e líderes de entidade
discutiram sobre o futuro do mercado
Em almoço mensal, exclusivo para
associados do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP)
realizado ontem, 7, no Circolo Italiano, os líderes do setor
discutiram sobre o contexto político, econômico e social atual,
relacionando com os reflexos no mercado de seguros.
Quem abriu as análises foi o
presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, ao falar dos desafios
da crise para os corretores de seguros e quais os caminhos que
devem seguir. “Passamos por um momento de transição e de desafios
que se somam, mas não se misturam. A primeira atitude é entender
esse período, é identificar o diagnóstico. Ainda temos que somar a
instabilidade política e econômica que afetam nosso setor”.
Ele enfatizou que, mesmo em meio à
crise, “a indústria do seguro cresceu 7% no primeiro quadrimestre,
um privilégio se comparado a um país que regrediu 5% no mesmo
período”.
O presidente do CVG-SP, Dilmo
Bantim Moreira, alertou sobre o futuro do mercado de seguros e como
os corretores devem atuar com seus clientes. “Nós profissionais do
seguro precisamos levar as pessoas a pensarem no seu futuro.
Devemos considerar que os negócios acontecem agora e não lá na
frente, é preciso aproveitar as oportunidades”.
O assunto comissão do corretor de
seguros também foi levantado pelo presidente da União dos
Corretores de Seguros (UCS), Marcelo Guirao. “Acredito que
poderíamos trabalhar com 20% de comissão, se assim o mercado todo
concordasse. As comissões por tratativa e por mérito são válidas,
mas estamos em um momento com tanto problema na comissão, que hoje
há uma discrepância e esse valor acaba sendo utilizado como ‘rouba
montes’, para dar desconto, e assim o único beneficiado com isso é
o cliente e o mercado se torna uma guerra”.
José Amélio, mentor do Clube em
Osasco, voltou o assunto para a economia do Brasil. “Esse momento é
preciso ter um olhar empreendedor e aproveitar as oportunidades,
que podem estar em seguro de vida e previdência, e temos feito um
trabalho que o corretor de seguro se especialize e se desenvolva
nesses ramos. E o que temos observado, tem dado certo”.
O lado cheio do copo
O presidente da Câmara do
Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Camaracor-SP), Pedro
Barbato, diz que é preciso ter mudanças para impulsionar ainda mais
o crescimento do mercado de seguros. “Com a implementação de
medidas de ajustes e a expectativa de melhora no cenário político,
a nossa economia tem enorme probabilidade de agilizar seu
desenvolvimento e com isso repercutir no crescimento do mercado de
seguros”.
E quem disse não temer a crise foi
o presidente da Associação Paulista dos Técnicos de Seguros (APTS),
Osmar Bertacini, ao afirmar que o mercado de seguros já passou por
vários períodos como esse. “Não estou preocupado com essa crise, já
passamos por várias e essa passará também. E quem souber passar, no
final estará a quilômetros de distância de onde começou, pois na
época de crise é que temos que saber tirar proveito”.
Confirmando essa perspectiva
positiva, o presidente da Cooperativa de Crédito Mútuo dos
Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Credicor-SP), Luiz
Ioels, finalizou ao trazer números que comprovam o crescimento do
banco, ue é um braço econômico do corretor de seguros. “Nós
crescemos 100% no último ano e sempre desenvolvemos assim, desde o
início do Credicor-SP, e hoje somamos 1650 cooperados”.