Com a contínua globalização financeira, empresas brasileiras dos mais diferentes setores e portes buscam incrementar seus ganhos internacionalizando operações. Com a matriz estabelecida no Brasil e subsidiárias espalhadas pelo globo, essas organizações passam a assumir riscos distintos daqueles a que estão acostumados em seu país de origem. “O ponto de partida quando falamos em programas mundiais é a centralização do programa de seguros aqui no Brasil”, explica Vivian Rennó, gerente de Programas Mundias da AIG Brasil.
Para resguardar as operações internacionais o mercado tem recorrido à estrutura de Programas Mundiais de Seguros, um conjunto de apólices contratadas para cobrir a operação da empresa nos diversos países em que atua. Na AIG Seguros, por exemplo, a principal demanda hoje é por programas mundiais de Cyber, RC Profissional e D&O, para a proteção de dados, danos a terceiros e do patrimônio pessoal dos executivos.
“A internacionalização hoje é uma realidade para empresas de vários segmentos e tamanhos. Não são somente as grandes companhias brasileiras que têm operações no exterior. Através da estrutura de programa mundial essas empresas atendem as exigências das legislações de cada país e podem contar com regulação e pagamento de sinistro localmente”, conta Vivian.
As apólices de Programas Mundiais operam de maneira interligada, assegurando que exposições específicas de cada mercado sejam adequadamente protegidas. Existem outras vantagens nessa estrutura como, por exemplo, a centralização do programa de seguros no Brasil, a proteção global dos ativos e a minimização dos riscos regulatórios e reputacionais.
Para auxiliar corretores e clientes a estruturar programas mundiais, a seguradora AIG oferece algumas ferramentas online como o Program Design Tool (em português), que apresenta os principais fatores de risco de cada país, o portal myAIG, pelo qual é possível monitorar a emissão das apólices do programa e o pagamento dos respectivos prêmios, e o IntelliRisk, que consolida as informações relacionadas a sinistros, inclusive através de relatórios detalhados. “Não importa o tamanho da corretora. O corretor de qualquer porte consegue propor esse tipo de estrutura para seu cliente. Dentro desse modelo, ele vai conseguir agregar um valor diferente, levar inovação e, consequentemente, vai conseguir a fidelização do segurado”, aposta a executiva. Pequenas e médias empresas, como as de tecnologia, fazem parte de um setor bem globalizado, muitas delas têm operações no exterior e, não necessariamente, são atendidas por grandes corretoras.
Estudo de 2015 da Fundação Dom Cabral revelou que as multinacionais brasileiras esperam um desempenho acima da média para suas atividades internacionais, baseadas em três itens avaliados: vendas, market share e desempenho em relação aos competidores. “É claro que esse otimismo com o mercado externo depende das oscilações globais, mas a intenção de ampliar investimentos no exterior precisa ser resguardada por um programa de seguros que proteja os riscos inerentes a essa expansão”, ressalta Vivian.
Esse é um mercado ainda embrionário no Brasil e o conhecimento do mercado é bastante inicial, mas a companhia aposta nessa demanda crescente para modificar a forma como as companhias do País encaram seus processos de globalização. A máxima do objetivo da companhia é bem simples: “usamos a tecnologia para ajudar corretores e clientes a centralizarem suas operações aqui no Brasil”, afirma Vivian.