O presidente da Fenacor, Armando Vergílio, concorda que se deva definir o quanto antes uma agenda positiva para o mercado, conforme vem defendendo, desde a sua posse, o novo superintendente da Susep, Joaquim Mendanha. Para ele, essa definição deve ter como base o amplo diálogo entre o setor privado e o Governo, através dos órgãos reguladores. “Passamos por um momento delicado, que se reflete no mercado de seguros. Precisamos definir essa agenda positiva, listando as necessárias diretrizes e prioridades”, afirmou Armando Vergílio, em entrevista exclusiva ao CQCS, logo após realizar palestra em Belo Horizonte, a convite do Clube de Seguros de Pessoas de Minas Gerais (CSP-MG), nesta terça-feira (16/08).
Segundo ele, é muito importante a realização de encontros nos quais representantes de todos os segmentos do mercado possam expor suas ideias. Na avaliação do presidente da Fenacor, esse debate pode apontar as prioridades e os pontos que devem merecer atenção maior por parte dos líderes do setor. “Com isso, poderemos levar uma agenda para o governo, sentar com as autoridades e discutir saídas”, frisou.
Sobre o novo superintendente da Susep, ele destacou que a escolha de um experiente profissional, que conhece profundamente o mercado e nas necessidades do consumidor, poderá encurtar o caminho para a retomada do crescimento. “Conheço suas qualidades de Joaquim Mendanha. Ele conhece os atores deste mercado, tem grande experiência e a proximidade com o consumidor facilita muito o seu trabalho. Destaco ainda a sua grande disposição para dialogar e para construir, a partir de conversas com o setor e seguindo orientações do Ministério da Fazenda”, comentou.
Por fim, Armando Vergílio advertiu que os corretores de seguros não devem esperar que suas demandas sejam atendidas como prioridade pelo novo superintendente da Susep.
O presidente da Fenacor lembrou que Joaquim Mendanha foi escolhido pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e pelo presidente Michel Temer por ser um integrante do mercado, que sabe bem como o setor de seguros funciona, os seus problemas e gargalos. “Essa escolha torna mais fácil a busca por soluções e ajustes. Mas, o foco deve ser direcionado para a defesa do consumidor e o estabelecimento de um melhor arcabouço regulatório. Isso vai beneficiar a todos, incluindo corretores, seguradores e o país”, salientou.