Os planos de saúde verticalizados,
em que a operadora também gerencia hospitais e laboratórios, têm
crescido em número de beneficiados, segundo a Abramge. Nos
últimos 12 meses até junho, esse segmento aumentou 5,7%. Enquanto
isso, o número de clientes do mercado convencional caiu 3,3%.
A cobertura regional cresce, mas em
ritmo menor. Em 2015, essa alta era de 8,6%.
Com a crise e o aumento do
desemprego, muitos dos novos usuários são aqueles que deixaram os
planos convencionais, sobretudo os concedidos pelas empresas,
lembra Antonio Carlos Abbatepaolo. “As operadoras conseguem
oferecer planos mais baratos por serem regionais, geralmente sem
uma rede de cobertura em todo o país, e por controlarem todas as
fases da operação.”
Como os procedimentos de internação
representam cerca de 40% dos gastos com o paciente, o atendimento
no hospital próprio pode representar um custo menor por não incluir
o lucro de uma empresa intermediária. “Em média, o cliente de
um plano local pode gastar 30% menos do que pagaria em um contrato
usual, por isso o aumento da procura”, diz Cadri Massuda,
presidente da paranaense Clinipam.
A empresa tem 11,8% usuários a mais
neste ano que em 2015 e investe R$ 50 milhões em um novo hospital.
“O cliente trouxe o nível de exigência que tinha no
convencional.”