O Índice de Confiança do Setor de Seguros (ICSS) – um dos principais termômetros do mercado – fechou os primeiros oito meses do ano com alta acumulada de 62,2%. Em agosto, o índice marcou 108,8 pontos, o que não acontecia desde 2014. Foi o sétimo mês de alta consecutiva, segundo levantamento da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor). O resultado reforça o otimismo do empresariado em relação ao cenário econômico e ao ambiente de negócios do Brasil.
“O ICSS de agosto confirma a expectativa de recuperação da economia, apesar da crise prolongada. Os próprios dados da Susep relativos ao primeiro semestre do ano são bons. Com arrecadação total de R$ 113,9 bilhões, o mercado de seguros caminha para a retomada do crescimento. Outros indicadores seguem essa tendência, como o Índice de Confiança de Serviços (ICS), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que teve sua sexta alta no ano”, destaca o presidente da Fenacor, Armando Vergilio.
Os resultados do ICSS são calculados a partir de pesquisa realizada pela Fenacor com 100 grandes empresas do setor, que indicam percentuais de 0 a 200 para a confiança na economia, rentabilidade e faturamento. Também foram apurados outros três indicadores: ICSS (de confiança do setor de seguros no Brasil), ICER (Índice de Confiança e Expectativas das Resseguradoras) e ICGC (Índice de Confiança das Grandes Corretoras).
Variações dos indicadores:
A pesquisa da Fenacor também apura a expectativa das empresas em relação ao crescimento da economia pelos próximos seis meses. Todos os três segmentos do mercado (seguradoras, corretoras e resseguradoras) registraram alta dos seus índices de confiança: 90%, 92% e 83%, respectivamente.
Quanto ao faturamento, 88% das corretoras; 80% das seguradoras e 92% das resseguradoras esperam um cenário mais favorável nos próximos seis meses. Na análise da rentabilidade, o otimismo segue em alta: 80% das corretoras; 75% das seguradoras e 75% das resseguradoras confiam na manutenção ou melhora dos índices atuais.
O setor de seguros é responsável por 6% do Produto Interno Bruto (PIB). É uma indústria que emprega mais de 40 mil pessoas, abriga cerca de 90 mil corretores e reúne 112 companhias seguradoras em todo o país. Em 2015, movimentou R$ 350 bilhões em volume de prêmios (considerando resseguros e a saúde suplementar), crescendo 11,6%, o que mostra sua força na economia nacional.