O cenário de crise no país que se refletiu no mercado de trabalho vem levando muitos brasileiros a se reposicionar e buscar novas alternativas profissionais. Algumas atividades se destacam como geradoras de empregos e renda, principalmente nos nichos de consultoria e prestação de serviços. É nesses segmentos que está inserida a carreira de corretor de seguros, profissão que celebra seu dia em 12 de outubro.
Atualmente, o setor de seguros é responsável por 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB). É uma indústria que emprega mais de 250 mil pessoas e reúne 112 companhias seguradoras em todo o país. Em 2015, movimentou R$ 365 bilhões em volume de prêmios (considerando resseguros e a saúde suplementar), crescendo 11,6%, o que mostra sua força na economia nacional. As provisões técnicas estão próximas de atingir R$ 800 bilhões. Esse desempenho demonstra a capacidade de resiliência da atividade securitária mesmo em conjunturas desfavoráveis. Os seguros se popularizaram no país nas últimas décadas, e o brasileiro passou a buscar mais proteção pessoal e para seus empreendimentos.
Dessa forma, além das coberturas já tradicionais – como autos, vida e previdência –, novas modalidades se firmaram. Um exemplo é o seguro prestamista, que garante quitação de dívidas em caso de morte ou invalidez e, após ganhar mercado entre pessoas físicas, vem conquistando o filão de micro e pequenas empresas. Para o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros (Fenacor), Armando Vergilio, as oportunidades surgem em diferentes modalidades. “O seguro popular de automóveis, por exemplo, vem para impulsionar em até 30% o volume da frota segurada. Esse produto vai atenuar os efeitos da redução de vendas da indústria automobilística. E pode agregar ao mercado mais de 20 milhões de veículos”, relata ele. Vergilio também destaca o ramo de garantia, avança no Congresso Nacional o projeto que aumenta o limite de cobertura sobre o valor segurado, de 10% para 30%. A proposta viabiliza grandes obras, tanto públicas quanto privadas. O mercado de seguro garantia cresceu 28% em 2015, com R$ 1,7 bilhão em prêmios emitidos. Com mudanças na lei, podemos esperar bons resultados no próximo ano. Também tramita projeto que regulamenta o VGBL Saúde. Essa modalidade é fundamental para garantir um atendimento médico qualificado aos futuros aposentados e uma ótima oportunidade de negócios para os corretores de seguros.
Investimento em formação
A comprovação de que as possibilidades de ganho são reais vem do interesse das pessoas em se qualificar na área. Somente no Estado de São Paulo, a procura pelo Curso para Habilitação de Corretores de Seguros (CHCS), oferecido pela Escola Nacional de Seguros aumentou 75% no segundo semestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior – 63%, na capital. Em âmbito nacional, a demanda subiu 23%. Em 2015, a instituição formou cerca de 3.500 corretores.
Considerando a expansão do mercado, a Escola Nacional de Seguros aposta na formação de qualidade, o que também contribui para assegurar a confiabilidade do segmento. Os requisitos para atuar na área requerem formação específica, além do domínio de ferramentas como matemática financeira, conhecimentos de regulação, entre outros, dependendo do produto com o qual o corretor venha a trabalhar.