Foi anunciada na manhã desta quinta-feira (13) a joint venture da Bradesco Seguros com a Swiss Re Corporate Solutions. A associação nasce com cerca de R$ 800 milhões em prêmios, considerando dados de 2015. A operação é confirmada depois de mais de um ano de negociação. A Swiss Re terá acesso exclusivo aos clientes do Bradesco para explorar a comercialização dos seguros de alto risco. “Juntas, as empresas praticamente dobram de tamanho no Brasil”, disse o diretor presidente da Bradesco Seguros, Randal Zanetti, em coletiva de imprensa, nesta quinta.

Pelo acordo, todos os seguros das áreas de propriedade, transporte, aeronáutico, cascos de navios, responsabilidade civil, riscos empresariais acima de R$ 10 milhões e engenharia sairão da Bradesco Seguros e irão para a parceria, incluindo aí as reservas técnicas e processos de sinistro. O presidente da Bradesco Seguros afirmou que as equipes devem começar a trabalhar em um plano de negócios para a nova companhia assim que os órgãos reguladores autorizarem a continuidade da operação.

Com a Swiss Re, a Bradesco Seguros passa a atuar em novos ramos como seguro garantia para obras, garantia judicial e rural. A joint venture inclui ainda os segmentos de engenharia, patrimônio, transportes, aeronáutico, casco marítimo e responsabilidade civil.

De acordo com Zanetti, a Bradesco Seguros entra na associação com cerca de R$ 412 milhões em prêmios, levando em conta números de 2015. Já a Swiss Re, conforme Rudolf Flunger, global head reggions da Swiss Re Corporate Solutions, entrou com cifra em torno dos R$ 396 milhões.

Segundo os executivos, a negociação passou a ser exclusiva há seis meses.

Sobre as expectativas para o desempenho da associação, Zanetti disse que o plano de negócios da nova empresa ainda será traçado, mas o foco são os próximos 20 anos. “A fusão antecede o crescimento dos negócios no setor de infraestrutura, a retomada da economia e do ciclo de investimentos. O humor do ambiente econômico já mudou. Temos outro clima no Brasil”, disse o executivo da Bradesco. Do seu lado, Flunger acrescentou que a Swiss Re acredita no Brasil e que o mercado de seguros contribui para ajudar a economia e o setor de infraestrutura no longo prazo.