Presidente da CNseg lança, em Brasília, Programa de Educação em Seguros
Se estimulado com políticas macroeconômicas adequadas, o mercado segurador poderá cumprir um duplo papel na economia: acelerar o desenvolvimento, por meio da aplicação dos recursos mantidos na rubrica provisões técnicas, das seguradoras, de entidades de previdência complementar aberta, de capitalização e das operadoras de saúde; e ampliar a proteção de todas as camadas da sociedade, ao reduzir perdas causadas a pessoas e empresas por imprevistos e os gastos dos governos em socorrê-las. A análise foi feita hoje pelo presidente da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), Marcio Serôa de Araújo Coriolano, durante a cerimônia de lançamento do Programa de Educação em Seguros, em Brasília.
À ocasião, Marcio Coriolano destacou a relevância do mercado segurador como um dos setores mais aptos a incentivar o crescimento. Para o presidente da CNseg, a interlocução com todos os poderes constituídos é fundamental para apresentar uma visão realista do mercado e de seu potencial, além de ser um passo necessário para o convencimento de que uma política de incentivo ao setor pode contribuir, de forma estratégica, para a recuperação mais rápida da economia. Nesse sentido, Coriolano apresentou números que exibem a musculatura do mercado, na condição de investidor institucional. No acumulado até agosto, as provisões técnicas do mercado alcançaram R$ 765 bilhões e devem chegar R$ 1 trilhão em poupança institucional até dezembro. “A acumulação de garantias formadas pelas seguradoras, consequência de sua atividade principal, cumpre outra função de grande alcance: a formação de poupança institucional”, assinalou.
Marcio Coriolano ressaltou que as indenizações pagas pelo mercado segurador somaram R$ 235 bilhões em 2015 – ou 1,5 vez o PIB uruguaio- representando uma devolução significativa de recursos à sociedade, tendo em vista que a receita totalizou R$ 365 bilhões. “Do ponto de vista microeconômico ou microssocial, e do interesse individual de pessoas ou empresas, o seguro, ao diluir riscos, reduz a probabilidade de ocorrência de quebras, falências, insolvências, de empreendimentos e famílias”, lembrou, ao destacar o DNA social da atividade.
O ponto alto do evento foi o lançamento oficial Rádio CNseg, a estreia da CNseg nas redes sociais, além do lançamento do livreto “Função social e econômica do seguro”, o segundo em um universo de 36 programados sobre o setor. “A rádio servirá para familiarizar o ouvinte com o seguro, ao oferecer conteúdo específico do setor, e fortalecer o diálogo com sociedade”, ressaltou Coriolano.
Participaram do encontro o ministro do Planejamento, Diogo Oliveira; o Secretário Executivo Adjunto do Ministério da Fazenda, Daniel Rodrigues Alves; o Secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano; o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Ricardo Villas Bôas Cueva; e os parlamentares Antonio Brito, Arnaldo Faria de Sá, Fernando Francischini, Hugo Leal, Lucas Vergilio, Odorico Monteiro, Paes Landim e Darcisio Perondi; e, respectivamente, presidente e diretor executivo da Escola Nacional de Seguros, Robert Bittar e Renato Campos, entre outros convidados.
Sobre o Programa de Educação em Seguros
Em sua apresentação em Seguros, o presidente da CNseg destacou algumas das ações mais importantes do Programa que, via disseminação de informações qualificadas, pretende fazer do seguro uma ferramenta mais conhecida do grande público, tornando-o mais instruído e preparado para proteger seu patrimônio, por meio das escolhas corretas de seguros. “O Programa contribuirá para ampliar o conhecimento e a percepção de todos sobre seguros e sua importância na vida pessoal, familiar e na sociedade. São 21 ações de transformação previstas no Programa, que, entre objetivos específicos, planeja ampliar o entendimento do consumidor sobre os fundamentos do seguro e as diferentes características dos produtos; oferecer informações qualificadas para desenvolver a capacidade de escolha do consumidor”, enfatizou Coriolano.