O número de queixas contra planos de saúde caiu 12,24% em 2016, na comparação com o ano anterior, segundo a ANS (Agência Nacional de Saúde).
A diminuição, porém, não necessariamente retrata uma evolução das operadoras, afirma Enrico De Vettori, sócio da Deloitte.
“O ano de 2015 foi excepcional para o setor, devido aos problemas registrados nas Unimeds Paulistana e Rio, que inflaram o dado.”
A quantidade de reclamações oscilou nos últimos quatro anos, mas a tendência é de alta: no início da década, o volume era um terço do atual.
O aumento da fiscalização é um motivo apontado pela presidente da FenaSaúde (federação das operadoras de planos), Solange Mendes.
“Ainda assim, em um universo de mais de 48 milhões de beneficiários, o número é baixo”, diz. Em 2016, foram registradas 90,2 mil queixas.
A quantidade de registros na agência, porém, poderia ser maior caso menos pessoas recorressem à judicialização, segundo Mendes. “Muitos beneficiários vão diretamente ao judiciário.”