A Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) conseguiu reaver menos de 1% dos 33,64 milhões de reais
repassados entre 2005 e 2009 às operadoras de saúde em fase de
liquidação extrajudicial (situação próxima à falência). Apenas 8%
das empresas que foram socorridas à época se recuperaram.
Até o momento, foram devolvidos à ANS apenas 304.700 reais. A
quantia foi repassada por seis das 170 operadoras que estavam em
direção fiscal, uma espécie de intervenção prevista em lei, que a
ANS declara para operadoras com as contas em desequilíbrio. Dos
recursos emprestados às demais 339 empresas, nada foi
devolvido.
O presidente da ANS, Maurício Ceschin, afirma que o acompanhamento
das contas das operadoras é rotina. "O sistema está sempre se
aprimorando." Ele reconhece a demora das operadoras no
pagamento dos empréstimos e o baixo índice de recuperação das
entidades que entram em direção fiscal.
Ceschin argumenta que os números têm de ser analisados com cuidado.
"Cada empresa que sai da crise evita impactos para consumidores e
mercado. Ao recuperarmos uma empresa, evitamos a desassistência de
muitas pessoas."
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