Escolher o melhor seguro para o carro
nem sempre é uma tarefa fácil. Cada seguradora possui suas
particularidades e seus diferenciais. Assim, a figura do corretor
acaba sendo fundamental, para que possa orientar e esclarecer
dúvidas que possam surgir, seja na contratação ou na renovação da
cobertura. O Diretor Vice-Presidente do Sindicato das Seguradoras
do RS (SINDSEGRS),
Rubens Oliboni, diz que o segundo passo é escolher uma seguradora
que tenha excelência em serviços e estrutura para atendimento a
sinistros. “Em caso de dúvida sobre a seguradora, é possível
acessar o site da Susep – Superintendência de
Seguros Privados (www.susep.gov.br) e consultar sua
situação junto ao órgão fiscalizador”, alerta Oliboni.
Atualmente, apenas 35% da frota é
segurada no Estado e destes, 60% possui até 5 anos de uso. O
diretor afirma, no entanto, que veículos de até 10 anos são
facilmente segurados, desde que não tenham restritivos
judiciais.
Os preços para um mesmo veículo podem
variar de acordo com cada seguradora, mas algumas questões são
levadas em consideração em todas na hora de formar os preços. “São
diversos os fatores que compõem o preço de um seguro de automóvel.
Os principais são: marca e modelo do veículo, região onde ele mais
circula, perfil do condutor principal e dos possíveis outros
condutores. Dentro de cada um desses fatores as seguradoras abrem
outras variáveis. Por exemplo, dentro da região onde o veículo mais
circula, leva-se em conta os locais de maior ou menor incidência de
roubo, no caso do perfil considera-se a idade do condutor se ele é
casado(a). Cada um desses fatores têm um determinado peso no
cálculo e pode variar de seguradora para seguradora”, explica o
diretor.
Outra variação no preço se deve em
relação ao gênero dos condutores. No caso dos automóveis, o seguro
para as mulheres costuma ser mais barato. “Estatisticamente é
comprovado que as mulheres são mais cuidadosas na condução e na
conservação de seus veículos. Inclusive a severidade dos sinistros,
quando o veículo é conduzido por uma mulher, é menor que no casos
dos homens”, destaca Oliboni.
Também é preciso ficar atento ao que
está sendo contratado para poder usufruir da cobertura quando
necessário. “Se na contratação foi informado que não havia menores
de 24 anos que poderiam dirigir o veículo e quando do sinistro, a
seguradora identifica que o condutor era o filho(a) do segurado(a)
com 20 anos de idade, essa informação que foi omitida quando da
contratação pode levar à negativa do sinistro”, explica. Por isso é
fundamental a orientação do corretor, já que o melhor seguro é o
que se encaixa nas necessidades de cada um.
O impacto da
criminalidade
Outra questão que vem impactando
significativamente no preço dos seguros de automóveis é a
criminalidade. Um mesmo veículo pode ter valores de seguro
diferentes dependendo da cidade em que ele é utilizado. “O roubo e
o furto de veículos é o fator que mais impacta na composição do
preço. Quando a seguradora faz uma indenização ao cliente em
decorrência de uma colisão com perda total, por exemplo, ela ainda
pode buscar uma compensação vendendo legalmente os salvados daquele
acidente. Contudo, quando o pagamento é em decorrência de roubo ou
furto, o bem indenizado deixa de existir, ou seja, não permite às
seguradoras nenhum tipo de compensação”, salienta o diretor. Esta
questão da violência também está reduzindo a diferença de preço
entre a apólice para homens e mulheres, já que elas costumam ser
mais visadas por bandidos.
Quando o seguro não é
acionado
Antigamente se acreditava que quando o
seguro não era acionado, a pessoa não o havia utilizado. Porém,
Oliboni afirma que na verdade, um bem segurado toda vez que é
utilizado está fazendo uso do seguro. “Nosso papel é dar
tranquilidade para que as pessoas possam usar seus bens sabendo que
se algo negativo acontecer estaremos disponíveis para oferecer todo
o suporte necessário”, assegura.
Quem não aciona o seguro no prazo de
cobertura da apólice tem como benefício imediato a concessão de um
desconto quando da renovação do seguro. “Esse benefício será
concedido independentemente de o segurado renovar o seguro com a
mesma seguradora ou optar por buscar uma outra companhia para
segurar o seu bem”, salienta Oliboni.