Ele chegou. Depois de tanta espera, o Seguro Auto Popular é a realidade das seguradoras e autorizado para comercialização em São Paulo no dia 19 de dezembro de 2016. Agora, as companhias procuram adequar as possibilidades de serviço de produto às expectativas de seus clientes.
A Revista Apólice falou com Felipe Milagres, diretor da Azul Seguros, companhia que já comercializa o Seguro, sobre o que esperar dessa realização. De forma geral, a vontade do mercado é ter mais penetração. A carteira de automóvel está entre os impulsionadores do mercado – sendo a que talvez tenha mais força – e mesmo assim só atinge 30% da frota.
Essa é uma história antiga, que começa a ser mudada agora. “O objetivo é estimular a inclusão securitária, incentivar novas oportunidades de negócio para o corretor e contribuir para a sustentabilidade do setor”, conta Felipe.
Algumas preocupações: As peças de desmontes são parte importante dessa modalidade, já que elas permitem reparos muito mais baratos. Na Azul, como em outras seguradoras, elas serão sim utilizadas – dentro das normas estabelecidas na Lei do Desmonte (12.977/2014). A companhia conta com a Renova Ecopeças, da Porto Seguro, para realizar esse serviço.
“Já em casos de reparos de freios, suspensão, amortecedores e pneus, que são itens de segurança, serão utilizadas peças novas e originais”, reforça Felipe. Com isso, surge a preocupação com a judicialização. É possível ver exemplos na saúde suplementar sobre planos contratados que não têm determinadas coberturas que acabam sendo exigidas judicialmente pelos segurados. Para minimizar essa possibilidade, Felipe acredita que a questão das peças deve ser muito bem explicada aos segurados. “A comunicação precisa ser clara, com informações suficientes e destacadas a respeito da procedência das peças” aponta.
Os corretores devem ser os grandes aliados para que os segurados fiquem bem informados e as seguradoras fiquem mais tranquilas. Ao que tudo indica, eles estão recebendo bem essa novidade na companhia. Diante desse novo momento, os consumidores devem esperar opções. Muitos dizem que o Auto Popular poderia apenas ser uma migração para aqueles que querem pagar menos, mas Felipe vê como uma oportunidade para quem quer estar protegido pagando até 30% a menos quando comparado com o seguro tradicional.