Confira o artigo do presidente da
CNseg publicado no Jornal DCI
Ninguém duvida que o ano de 2017 será
de grandes desafios. Os brasileiros assistem às tentativas de
reconstrução econômica e social em bases sustentáveis esperando que
esta não deixe de privilegiar a proteção dos cidadãos contra
riscos. Seja qual for o modelo de recuperação do Brasil, o sistema
de seguros privados terá um papel decisivo.
Em outras partes do mundo, a projeção
civilizatória foi conquistada através da formação de ativos de
longo prazo.
A reconstrução do período pós-Segunda
Guerra foi ancorada em um poderoso sistema social de acesso à
proteção contra riscos, seja ele o do bem-estar social europeu e
dos EUA, seja o do modelo japonês de acumulação de poupanças
previdenciárias. Seguiu-se, mais recentemente, o modelo de
construção de ativos longevos característico de países como Coreia
do Sul e Austrália.
Em todas essas circunstâncias, o
cidadão comum ganhou. As políticas públicas que inauguraram os
sistemas de seguridade tiveram papel decisivo para destravar
modelos financeiros que protegeram, ao mesmo tempo, a criatividade
da iniciativa privada e os direitos do consumidor.
No Brasil, os custos da reconstrução
já são mensuráveis, próprios de um país que vai ao encontro consigo
mesmo para derrotar modelos que derrubaram o emprego e a renda
média. Nessa luta entre o avanço e o atraso, todas as inteligências
progressistas parecem se juntar para devolver ao Brasil o
desenvolvimento frustrado, a melhoria da infraestrutura, a
competitividade, a liberdade de iniciativas empreendedoras e a
reconquista do emprego.
Mesmo com a recessão, o mercado de
seguros privados deu ao país sua contribuição. As atividades
securitárias cresceram, em termos nominais, 9,2% em 2016, ante
2015, um avanço real de quase 3%.
Além da resiliência do setor, as
forças motrizes deveram-se à estabilidade regulatória e ao ambiente
de confiança propiciado pela introdução de novos produtos, como o
seguro popular de automóveis e o seguro de vida universal. Temos
confiança em líderes à altura dos desafios do Brasil. Que eles
repitam a resposta positiva de outras lideranças pelo mundo. E que
coloquem todo o aparato securitário existente no centro das
políticas públicas do País. As seguradoras associadas da CNseg
estarão preparadas.
Marcio Serôa de Araujo Coriolano é
economista e presidente da CNseg