A Chapecoense e a seguradora da companhia aérea Lamia se reúnem hoje (15) com o advogado João Tancredo, que representa algumas famílias vítimas da tragédia.
Até hoje ele não conseguiu ter acesso às documentações referentes à viagem. A solicitação foi negada pela juíza Nádia Inês Schmidt, da 2ª Vara Cível da região.
João Tancredo recebeu, no dia 27 de fevereiro, a notícia de que a seguradora boliviana Bisa, responsável pelo pagamento do seguro às vítimas, não arcará com o que deve porque o acidente ocorreu por “falta de gasolina”.
A apólice contratada pela empresa boliviana Lamia tem duas cláusulas chamadas de exclusão, que eximem pagamento da cobertura em caso de negligência ou omissão do operador – neste caso, do piloto Miguel Quiroga.
A provável influência da falta de combustível havia sido reforçada por autoridades do setor aéreo da Colômbia em dezembro, que afirmavam que o tanque do avião estava vazio no momento do impacto no chão. À época, eles declararam que a classificação se daria porque, a partir dos primeiros indícios, Quiroga teria corrido riscos ao decidir não fazer escala para reabastecer ou por ter comunicado tardiamente a gravidade da situação à torre de controle.
O acidente
O avião que transportava o time da Chapecoense caiu na madrugada de 29 de novembro do ano passado na Colômbia. Das 81 pessoas a bordo (9 tripulantes e 72 passageiros entre jogadores, equipe técnica e jornalistas), 76 morreram.
A Chapecoense disputaria a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional de Medellín na cidade colombiana Medellín, para onde viajava. A equipe embarcaria ontem em um voo fretado pela LaMia, da Bolívia, que partiria do aeroporto de Guarulhos (SP), mas a rota foi alterada após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vetar o fretamento. Assim, o time foi até Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com um voo de carreira da companhia boliviana BoA, e pegou o avião fretado que sairia de Guarulhos.