Mercado é muito pequeno, com cerca de 50 apólices por ano, movimentando R$ 2 milhões em 2016, segundo Gustavo Galrão.
O ciberataque global da última sexta-feira (12), que atingiu computadores em mais de 100 países, aumentou a curiosidade de instituições e empresas por seguros para perdas contra esse tipo de crime no Brasil, um mercado ainda irrelevante no país, disse um executivo de entidade representativa do setor.
“É um mercado muito pequeno, de 40, 50 apólices por ano”, disse à Reuters o coordenador da subcomissão de linhas financeiras da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), Gustavo Galrão.
Segundo a entidade, as apólices de proteção contra crimes cibernéticos movimentaram cerca de R$ 2 milhões em 2016, enquanto nos Estados Unidos esse mercado movimenta cerca de US$ 4 bilhões anualmente.
O valor inexpressivo de apólices no país, segundo Galrão, reflete em parte a dificuldade dos próprios corretores de seguros de mostrar a importância do produto para as empresas, especialmente aquelas em que a tecnologia é fundamental para seus modelos de negócios, como as instituições financeiras.
Além disso, disse ele, os principais executivos das corporações evitam tomar eles próprios a decisão sobre a eventual contratação do seguro, que é repassada aos responsáveis pela área de TI.
“Estes, por sua vez, frequentemente consideram suficiente ter outras formas de proteção, em geral da própria tecnologia.”
Adicionalmente, alguns tipos de apólices de seguros vendidas no mercado já incluem eventuais perdas derivadas de ataques cibernéticos, como as de responsabilidade civil.