A tarde do 8º Simpósio Paranaense de
Seguros começou com o debate sobre a importância dos Ramos
Elementares. Com o auditório cheio, os debatedores discutiram as
formas de vendas dos produtos e as possibilidades de ganhos futuros
com a comercialização destes serviços.
Através de uma pesquisa
realizada pelo Sincor-PR com os corretores de seguros do estado,
foi possível traçar um perfil de quem atua neste mercado. “Saber
este perfil é importante para traçar nossas metas e maneiras de
atuação futuras. Dos corretores aqui do Paraná, 58% atuam na função
há mais de vinte anos. Além disso, 77% deles possuem ensino
superior”, explicou o Professor da Escola Nacional de Seguros e
mediador, Maurício Tadeu Barros Morais.
O Vice Presidente Técnico da
Hdi, Fábio Pereira Leme, falou sobre a queda nas vendas de veículos
e o que pode ser feito para melhorar a carteira e não diminuir o
rendimento. “Nos últimos três anos a venda de carros caiu pela
metade. A expectativa é de que a frota com até 5 anos de uso até
2020 ficará em 10 milhões. Em dez anos cairá de trinta a quarenta
por cento. A frota está envelhecendo e precisamos vender outros
produtos para não depender apenas do automóvel.
Marcel Oliveira Giacon,
Superintendente Regional da Bradesco, falou sobre as novas
parcerias da empresa. “Quando avançamos na carteira de RE, buscamos
um parceiro para capacitar a nossa operação e que trouxesse uma
experiência internacional. Hoje temos uma vasta gama de produtos e
o corretor tem muitas possibilidades de vendas”.
O Diretor Comercial da Mapfre,
Jonson Marques de Souza, tratou sobre as apólices. “A apólice nos
dá a segurança, mas precisamos reaprender a vender nosso negócio. A
sensação de proteção é o que o cliente deseja. Ele precisa se
sentir tranquilo. Será que enviaremos uma apólice no futuro? Acho
que existirão outras maneiras que nem imaginamos”.
“A reinvenção do setor e de
todos que trabalham nele também passa por rever o comportamento”,
afirmou Marcelo Zorzo, Diretor de Produção da Porto Seguro. Ele
também destacou que a mudança, será que diante da tecnologia e a
forma de vender e chegar ao cliente será mais propícia. “Talvez
seja o momento de mudar essa forma e achar o caminho alternativo.
Em pesquisa recente 64% de pessoas disseram que nunca foram
abordadas por um corretor para comprar seguro auto. Imagine outros
produtos”.
O Gerente da Filial de Curitiba
da Sompo, Rosimário Pacheco, trouxe para discussão a importância de
reconhecer os erros do setor para poder melhorar. “Se admitimos que
temos um problema já é o primeiro passo para resolver. Temos que
ter essa consciência do que está errado e trabalhar pela
melhoria.
Flávio Pereira da Rocha, Gerente
Técnico de Riscos Patrimoniais da Allianz , destacou a produção dos
corretores. “O mercado está produzindo pouca novidade em produtos e
em assistência aos segurados. As mudanças começam pelo atendimento
simplificado. A mudança principal é distribuir produtos que
consigam entregar produtos de fácil colocação para o corretor e
para quem consome. Queremos estar simples ao lado do
corretor”.
O Gerente regional comercial da
Sancor, Ricardo Cascardo, falou sobre a diversificação das
carteiras. “Ramos elementares não é tão elementar, mas é de vital
importância que o corretor diversifique sua carteira. Estamos
preparados para ajudar nesse processo”.
Para finalizar, o Direto do
Sincor-PR, Osnir Gaspar, falou sobre a qualificação. “Temos que
qualificar. Nosso pleito é procurar simplificar. Existe um
facilitador que é a qualificação. Vamos investir cada vez mais para
diversificar as palestras e treinamentos sobre RE”.