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Sincor-SP defende categoria e consumidores em Audiência Pública sobre Youse

Fonte: Sincor-SP Data: 26 maio 2017 Nenhum comentário

Com o objetivo de defender a categoria e os consumidores, a diretoria executiva do Sincor-SP esteve em Brasília, nesta quinta-feira (25/05), para acompanhar a Audiência Pública, na Câmara dos Deputados, que discutiu a comercialização e propaganda de seguros pela internet praticada pela Youse, da Caixa Econômica Federal.

A mesa foi presidida pelo deputado federal Lucas Vergílio (SD-GO) e composta pelo diretor da Caixa Seguridade, Paulo Eduardo Cabral Furtado, pela superintendente da CNseg, Glauce Karine de Jesus Madureira, o advogado da Fenacor, Raphael de Moraes Miranda, o coordenador da Comissão de Tecnologia do Sincor-SP e CEO da Minuto Seguros, Marcelo Blay, o advogado Antonio Penteado Mendonça e o diretor da diretoria de organização do Sistema de Seguros Privados da Susep, Marcelo Augusto Camacho.

Como autor do requerimento da audiência, Lucas Vergílio afirma que oficializará pedido de auditoria na Youse junto à Susep.

Confira alguns depoimentos da Audiência:

“No momento em que se fala do consumidor, se diz do direito do consumidor e se compara ao exercício do direito do consumidor de que no passado brincávamos de direito de consumidor, hoje não há mais tempo nem espaço, porque o cliente se emponderou e hoje está a mando do seu direito, com conhecimento e facilidade de informação. A Caixa parece que não está atualizada no exercício do direito do consumidor. A Caixa desdenhou, achincalhou a atividade de corretagem e depois de ações que fizemos, começou a publicar que a PAR Corretora faz parte dos processos. Isso minimamente é uma bipolaridade empresarial, mas houve uma ação que foi extremamente danosa ao consumidor. Se existia a corretagem, a Youse cobrava por um serviço que ela mesma dizia não oferecer ao cliente. Quando a Youse devolverá a prestação deste serviço cobrado e não prestado ao consumidor? E como fará reparação à achincalhação que fez aos inúmeros profissionais por uma ação no mínimo bipolar, sobre uma categoria profissional e trabalhadora, que criou o ambiente para que a Youse fosse pescar neste mercado” – Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP

“Hoje fica plantada uma semente para que a gente volte a discutir a atuação dessas plataformas, não vamos encerrar o debate” – Armando Vergílio, presidente da Fenacor

“Minha corretora está no canal web, mas tenho outras formas de atendimento para mitigar os riscos de uma compra de seguro, que é complicada. O meu modelo está trazendo novos clientes de automóvel, que não tinham conhecimento ou acesso a seguros, mas não conseguimos fazer uma venda 100% online porque o cliente não entende e depois terá problemas. Não tem como fazer um fechamento online” – Marcelo Blay.

“O mercado de seguros é muito bem estruturado pelo CNSP, existe seguradora, corretor e segurado, não existe essa figura da plataforma digital, ela é como um limbo no mundo. Não somos contra a inovação, pelo contrário, somos entusiastas, mas desde que se respeite as leis” – Raphael de Moraes Miranda.

“Seguro é uma atividade fortemente regulamentada no mundo inteiro, pois a quebra de uma seguradora gera prejuízos a milhares de consumidores. Internet não pode ser fim, é um meio. É uma ferramenta para garantir facilidades e que não se consolidou em nenhum país no mundo, em nenhum lugar há vendas expressivas de seguros na internet, é preciso o trabalho de um profissional” – Antonio Penteado Mendonça.

“Certa vez fiz um seguro com banco e demorei meses para receber a indenização. Depois fiz com corretor e recebi em sete dias. Considero a figura do corretor fundamental até para o consumidor não ser lesado. Claro que temos que observar as tecnologias e novas plataformas, mas que estas sejam estruturadas para não prejudicar o consumidor brasileiro” – Áureo Lídio Moreira Ribeiro (deputado federal).

“Temos como meta o desenvolvimento do setor, o seu fomento, mas sem desgarrar a necessidade do atendimento aos consumidores de seguros” – Marcelo Augusto Camacho.

“Quero lamentar a ausência do presidente da Caixa e do presidente da Caixa Holding, que é dona da Youse. Isso para mim é falta de consideração com esta casa do povo. O nome Caixa pertence a todos os brasileiros, é uma empresa que leva capital público e por isso tem que ter cuidado com a utilização de recursos públicos. A CNseg tem sido omissa quando se trata de mercado marginal, devo falar isso como parlamentar, não só com a Youse mas também com as associações de proteção veicular. Me espanta a CNseg vir com uma apresentação das estruturas e dos marcos legais do mercado de seguros e estar de braços cruzados em relação a todos esses acontecimentos” – Lucas Vergílio

 

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