O mercado ainda discute com a Susep a
regulamentação do seguro Universal Life. Uma das principais
pendências no momento é a questão do carregamento. A proposta
inicial da Susep limita o carregamento a 5% (parcela do prêmio
destinada a compor o saldo da provisão matemática) e 10% (parcela
correspondente ao prêmio de risco). Contudo, lideranças do setor
acreditam que essa limitação pode afetar a comercialização do novo
produto, reduzindo, inclusive, o interesse do corretor de seguros
em operar na modalidade.
Esse temor foi manifestado pelo
presidente da FenaPrevi, Edson Franco, em palestra realizada para
associados e convidados do CVG-SP, no início desta semana. Na
ocasião, o executivo afirmou que a diversificação dos canais de
distribuição é fundamental para o sucesso do seguro Universal Life.
“Se houver limitação de carregamento, acaba essa possibilidade”,
alertou.
De acordo com Edson Franco, se forem
estabelecidos esses limites, apenas o canal bancário aceitará
comercializar o produto. “Porém, esse canal não poderá distribuir
um produto dessa complexidade. Mataríamos o produto”, advertiu.
Franco ressaltou, porém, que o novo
diretor da Supervisão de Conduta da Susep, Carlos Alberto de Paula
já concordou com os argumentos da FenaPrevi e manteve “o diálogo
aberto”.
Vale lembrar que o Universal Life foi
aprovado pela Resolução 344/16 do CNSP, no final do ano passado.
Agora, é aguardada a regulamentação do produto pela Susep, que
realizou consulta pública (encerrada nesta sexta-feira, 23 de
junho) para ouvir sugestões do mercado.