Com base em alguns sinais favoráveis
da economia, como os índices de confiança, a taxa de inflação e os
juros, o segmento tem mostrado o seguro de pessoas como o caminho
para a retomada do crescimento do setor em 2017. Segundo dados
apresentados na Carta de Conjuntura do Sindicato dos Corretores no
Estado de São Paulo (Sincor-SP), do mês de julho, o ramo teve
variação de 11% na comparação de faturamento entre os anos 2016 e
2017.
De acordo com a publicação, o ramo
acumulou R$ 15 bilhões de faturamento frente a R$ 16,6 bilhões, até
junho deste ano. Já na separação por ramos, os elementares – onde
estão incluídos os seguros de auto, residencial e empresarial –
também apresentaram alta, mas foram fortemente influenciados pela
queda do seguro DPVAT.
Em 2016, o faturamento do setor foi de
R$ 32,7 bilhões frente a 33,5 bilhões em 2017, registrando 3% de
variação. Quando extraído o seguro DPVAT, a variação percentual do
ramo sobe para 6%. Se somadas, as receitas de pessoas e ramos
elementares o faturamento alcança 7% de variação.
“Como vimos analisando, seguro de
pessoas provavelmente será um dos grandes caminhos para a retomada
do crescimento do setor em 2017. Os bons números devem crescer
consideravelmente, em breve, com as oportunidades e divulgação dos
seguros de vida e o interesse da população em se garantir com a
previdência privada”, destaca o presidente do Sincor-SP, Alexandre
Camillo.
Já nos produtos do tipo VGBL, um
gênero com características mais financeiras, de acumulação, a
evolução continua favorável quando avaliado o comportamento dos
últimos anos, estabelecendo 5% de variação, com R$ 53,2 bilhões em
2016, e R$ 56 bilhões em 2017.
O segmento de capitalização segue a
toada que acompanha o setor há dois anos, seguindo o fenômeno de
outros ativos populares da economia como a caderneta de poupança. A
receita de capitalização em 2017 (até maio) atingiu R$ 9,8 bilhões
de faturamento ficando – 5% na referência com 2016 quando o
faturamento foi de R$ 10,2 bilhões.
Por outro lado, nos últimos anos, o
mercado de resseguro teve um comportamento bem mais favorável, com
taxas positivas, superando inclusive a inflação, quando se faz uma
análise de valores acumulados. Foram R$ 100,9 bilhões em 2016 e R$
106,1 bi, em 2017, variando 5%.