Na semana passada, você conferiu neste
Diário que Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá estão
inseridas no Top 10 das cidades que mais registram roubos de
veículos no Estado – quase 700 ocorrências, de acordo com o último
levantamento, de maio. Os dados são do Boletim Econômico Tracker –
Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado), elaborado com
base em estatísticas criminais apresentadas pela SSP (Secretaria da
Segurança Pública) do Estado.
Com este cenário, além de contar com o
trabalho das polícias Civil e Militar, é necessário recorrer também
ao seguro. Mas como fugir dos altos preços praticados pelas
empresas seguradoras? Um caminho é optar pelo seguro popular. Pouca
gente conhece, mas essa alternativa – regulamentada neste ano – é
capaz de deixar a apólice 30% mais em conta em comparação ao modelo
convencional
O público-alvo é composto por veículos
com mais de cinco anos de fabricação e valor inferior a R$ 60 mil –
o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) estima que o número
supere as 65 milhões de unidades. Além disso, a norma permite a
utilização de peças usadas ou não originais no reparo do carro
segurado. De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros
Privados), entende-se por peça usada o componente original obtido
pela desmontagem de veículos, executada por empresas especializadas
e regulamentadas pela Lei 12.977/2014. O produto, aliás, deve
trazer o selo de garantia do Inmetro, garantindo que está em
condições de ser reutilizado.
Só não poderão ser usadas as peças
recondicionadas quando envolvem diretamente a segurança ou mecânica
(como o sistema de freios, suspensão e cintos de segurança, por
exemplo). A seguradora, por sua vez, terá que incluir no orçamento
de reparo a relação dos componentes utilizados na recuperação do
veículo.
MENOS BENEFÍCIOS
A Bidu Corretora realizou levantamento
que compara os valores das apólices dos seguros tradicional e
popular. Para se ter ideia, um homem casado, de 35 anos, sem
filhos, com garagem em casa e no trabalho (morador de São Paulo)
paga R$ 3.345,41 para segurar um VW Gol. Já com o Seguro Popular, o
preço cai para R$ 2.385,94. Apesar disso, o contratante acaba
perdendo benefícios. Como, por exemplo, os valores das coberturas
propostas, que podem não ser 100% da tabela Fipe. A assistência
também é mais limitada (guincho de 100 quilômetros). Portanto,
cheque antes de contratar.
FIQUE DE OLHO
Se você não achou o seguro popular
interessante e prefere optar pelas apólices convencionais, saiba
que é possível gastar menos. De acordo com o especialista Adevaldo
Calegari, diretor da Progetto Corretora de Seguros, a primeira
recomendação para economizar é sempre ter segunda opinião antes de
bater o martelo. “Consulte duas empresas diferentes, orçando as
seguradoras nas mesmas condições e compare os preços”, explica ele.
Fique alerta para os benefícios apresentados, como disponibilidade
ou não de carro reserva e valor da franquia a ser pago em caso de
sinistro.
Dirigir com mais cuidado, evitando
receber multas e tomar pontos na carteira de habilitação, é outra
estratégia importante na hora de renovar a apólice. As seguradoras
dão descontos para motoristas que não cometem infrações de
trânsito.
Outras formas de obter bons descontos
é instalar dispositivo antifurto no veículo e sempre atualizar seu
perfil junto ao corretor, pois algumas informações são essenciais
para a queda do preço da apólice, como idade superior a 25
anos.